Machine learning, smart cities, são palavras do DNA marqueteiro do mundo digital. Na pandemia, frustram ao não prever ou corrigir catástrofes. Pesquisador levanta o debate essencial para tornar a tecnologia um meio – e não mero fetiche
“Os desconfinados retomarão o ciclo cronometrado, egoísta, consumista? Ou haverá um novo renascimento da vida convivial e amorosa rumo a uma civilização na qual se desenvolve a poesia da vida, onde o “eu” floresce em um ‘nós’”?
Num país estagnado há décadas, eles tornaram-se responsáveis por 70% da renda, em um em cada trẽs domicílios. Para socióloga, dados revelam importância da Seguridade Social e a insanidade do desprezo aos mais velhos
O que são os sistemas que imitam o cérebro humano, para aprender sem programação. Como mega-corporações os utilizam, para desempregar em grande escala e exercer controle social. De que modo resgatá-los para a democracia
Crise expõe ainda mais as grandes vítimas das cidades segregadas. E os novos hábitos apontam para necessidade das economias de bairro e tecnologia acessível – além da urgência de políticas de habitação e saneamento, que tragam país ao século XXI
Privacidade em troca de “segurança”: aplicativos estimulam entrega imprudente de dados para rastrear infectados e aglomerações. No Brasil, acordo com telefônicas limita-se à geolocalização – mas seu lobby ameaça liberdade civis
Ao sul do Saara, onde estão 47 dos 54 países africanos, a covid-19 avança. Lá, 437 milhões vivem com até R$ 300 ao mês. Metade da população urbana sequer tem como lavar as mãos. Depois da América do Sul, pode ser o novo epicentro
Paramilitares pressionam por reabertura de comércio para manter extorsão. Aparelhadas, funerárias cobram preços abusivos às vítimas da covid-19. Em ano de eleição, aliados de Bolsonaro querem mais de poder. Só tráfico defende quarentena
Agora, o capitalismo financeiro só pode oferecer a destruição do planeta e da humanidade. Há a hipótese do tecno-autoritarismo — mas os EUA não são mais democráticos que a China. E a solidariedade abriu espaço à noção do Comum
Sem apoio do Estado, movimentos lutam para fornecer alimentação e proteção, e garantir o mínimo de isolamento. Além dos R$ 600 prometidos, lideranças cobram aporte financeiro para quem age no dia-a-dia das quebradas