Enquanto outras formas de humor convidam a questionar o poder, a chacota zomba dos fracos, testa os limites da violência “aceitável” contra eles e constroi identidades coletivas brutais. Por isso, é tão importante encontrar antídotos
A metáfora da Guerra Justa não foi apenas retórica nas redes de ultradireita. Ela permitiu enxergar a realidade a partir da chave Bem X Mal, e dispensar, assim, qualquer análise crítica. Para desarmar esta armadilha não basta a eleição de Lula
De Trump a Bolsonaro, passando pelo fascismo europeu, o meme e burlesco tornaram-se armas de desumanização. Sua engrenagem: desinibir preconceitos e propagar violências, justificando-os por meio de piadas e achaques
Terra e trabalho para todos. Jornadas de 6 horas. Salários igualitários. Casa por cem reais. Mobilização permanente. Como o cooperativismo transformou a pequena Marinaleda num oásis, em meio à Europa em regressão social e política
Em parábola do país contemporâneo, personagem encontra um Rio diferente do que apresentou ao mundo e aos próprios brasileiros. Há ufanismo e malandros românticos — mas também a desigualdade brutal que a idealização oculta
Incomodada pela crescente popularidade da solidariedade entre espécies, parte da extrema-direita diz aderir à causa. Mas é possível fazê-lo defendendo os rodeios, a caça, os safáris e a devastação das florestas?
“Pai Estrito”. “Masculinidade”. “Guerra Justa”. “Autoridade”. “Sucesso”. Como o ex-capitão articulou os valores arcaicos da sociedade brasileira num discurso eficaz. Por que a esquerda precisa reconstruir seu campo semântico
Num mundo percebido como selva, em que se deve sobreviver individualmente, nacionalismo e conservadorismo radical crescem valorizando os ideais transcendentais associados ao passado
Nas favelas, a polícia ajuda a manter divisões como o “bem” e o “mal”, a terra e o asfalto, estigmatizando e homogeneizando sua população