A tese de onipresença do PCC exige cuidado. Até que ponto chega a sua influência? Como definir uma facção em evolução permanente? O que o assassinato de empresário em Guarulhos revela sobre o crime na elite paulistana?
No Rio, BA e SP, recursos para operações ostensivas vão de contramão ao discurso do governo, de atuar com inteligência. Pesquisador mostra quatro pilares para uma alternativa: investigação, reduzir prisões, controlar polícias, e bloquear mercados ilegais
Da transformação espiritual à mão invisível do mercado, novo livro investiga a reorganização do crime e da política em torno da “teologia da prosperidade”. Obra traz relatos de ex-matadores e debate o uso de símbolos religiosos na guerra contra o Estado
Realidade é distinta da carioca. Mas descontrole das polícias, aliado ao discurso de guerra, como ensaia governador bolsonarista, foi a semente de grupos paramilitares. Violência e controle de territórios tornam-se lucrativos negócios
Nos escombros do país elas fundam seus pilares de economia extrativista. Não são Estado paralelo, mas propagam-se por ele, na promiscuidade entre polícias e grupos paramilitares. Para enfrentá-las, há saídas: criar serviços públicos de qualidade
Especialista em crimes transfronteiriços analisa como facções criminosas como o PCC se alastram na região. Articulados com redes de contrabando de madeira, ouro e minérios, elas já constituem poder paralelo, na esteira dos desmontes bolsonaristas
Vulneráveis e sem alternativa, adolescentes são atraídas pelo ganho financeiro e exercem funções de alto risco. Mas também encontram sociabilidade, sentimento de poder e até maior liberdade de performar a sexualidade. Conheça a complexa realidade dessas mulheres
Em chacina nunca reconhecida no Brasil, PMs assassinaram 505 pessoas em SP, em 2006. A pretexto de “reagir ao PCC”, polícia barbarizou periferia. Documento denuncia violações e cobra resolução após 15 anos de silêncio do Estado
Dossiê inédito da USP joga luz sobre o problema. Por que violência se interiorizou. Como o PCC controlou-os em SP. Que levou à “aceitação” das milícias. A juventude negra, acossada entre o crime, a violência policial e o apartheid das periferias