Com pompa e orgulho, Haddad corta recursos da política social – uma das bases do êxito dos governos Lula 1 e 2. Mas, em dois dias, Estado desembolsa em juros da dívida um valor superior ao “economizado”. E Faria Lima e as mídias corporativas se queixam de gastança…
Brasil pagou este valor, em doze meses, ao parasitismo financista. Mas insiste em cortes nos gastos sociais que podem aprofundar desigualdades e abrir espaço para a privatização de serviços públicos. Se 2026 já começou, como diz Lula, é hora de reorientar a política econômica
Fazenda propõe “economizar” R$ 31 bi em 2025, mas país transfere, a cada ano, 25 vezes mais ao rentismo. Pacote de Haddad deixa de fora dos cortes o pior gasto de todos: regressivo, parasita e concentrador de renda. Porém, fica cada vez mais claro onde está a “gastança”
Popularidade de Lula pode ser abalada com a busca frenética pelo déficit zero. Os cortes em programas sociais já começaram. Mas o financismo é poupado e os R$ 2,9 trilhões em calote tributário, a maior parte de corporações, estão fora do radar
“Equilíbrio fiscal” brasileiro apoia-se numa ilusão: o “resultado primário”, que exclui o pagamento de juros. Segundo critérios internacionais, país registra déficits há 27 anos — mas os mascara para esconder a sangria imposta pelo rentismo
Por Paulo Kliass