Insistência no proibicionismo e mudança na geopolítica do tráfico colocaram país no centro das rotas internacionais. E a resposta – encarceramento em massa – jogou gasolina à fogueira. América Latina continua a repetir os erros de sempre

Correntes da medicina apostam em terapia revolucionária contra crise da saúde mental. Usam substâncias antes perseguidas, como maconha e psicodélicos, mas euforia não pode esconder raízes do sofrimento: o “estilo de vida moderno”

À frente da manifestação ou subindo o morro junto de filhos e maridos, elas garantem a vida diante do massacre promovido pela PM. Ouvidoria escuta famílias das 16 vítimas fatais, que denunciam invasão de casas, tortura e tiros à queima-roupa

Diante das novas brutalidades da polícia contra negros e pobres, em três estados, tomo a liberdade de compartilhar algumas observações e propostas. Ao longo de décadas, acumulei mais derrotas que vitórias. Por isso mesmo, me permito algumas ponderações

• Farmácias agora fazem exames clínicos • Suicídio entre jovens indígenas • Como estado dos EUA busca conter epidemia de fentanila • Maus tratos de animais em centro de pesquisa • Financiamento do Conass e Conasems •

Membros de associações canábicas, que produzem para milhares de pacientes, narram repressão sofrida. Cultivo é ilegal, só concedido por habeas corpus, o que infringe o direito constitucional à saúde. Desobediência civil é uma saída

Anvisa insiste em tentar distinguir uso recreativo e medicinal. Atitude tola reflete uma velha tendência de instituições médico-científicas no Brasil. E as consequências são trágicas, com mortes e sofrimento de populações marginalizadas

Estudo nas favelas cariocas expõe as dificuldades de quem faz uso terapêutico da cannabis, como o preconceito e preços altos. Propõe legalização e mercado regulado – inclusive nas comunidades – com impostos revertidos em políticas sociais

Discurso conservador aponta “falência moral”. Mas em nome da liberdade, Estado Social foi destroçado e as condições de vida caem em 90% dos países. Novos modelos de celular não mascaram o desespero, nem o colapso da democracia

Inédita apreensão de fentanil, fármaco que ano passado provocou 71 mil mortes nos EUA, acende alerta: indústria farmacêutica e tráfico lucram com as “drogas legais”. Cerca de 2,9% da população brasileira já consumiria opioides sem prescrição