Pensadora aponta: feminizado, o cuidado é transformado em “expressão de amor”, estruturando relações através de hierarquias de poder. Só quem pode pagar, o terceiriza. Luta deve mirar o salário doméstico, mas também uma ética de apoio mútuo
Pensadora bate em tema essencial: como recuperar a vida e a criatividade – incompatíveis com jornadas de dez horas. Ao contrário do que pensa o feminismo liberal, elas roubam tempo e energia vitais à luta contra a devastação capitalista
Pensadora vê nesta ideologia a síntese das opressões de raça, gênero e classe. E provoca, em livro recém-lançado no Brasil: antirracismo e feminismo podem ser capturados se, mais que transformar o mundo, buscarem ser reconhecidos
Não se vencerá o fascismo cortejando os liberais; mas, ao contrário, propondo vida baseada no comum e no cuidado. O feminismo tem um papel – desde que deseje transformar a sociedade, em vez de ver-se “representado” nas estruturas de poder