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Novo capítulo do extermínio contra o qual seu povo luta há séculos: “O governo está entregando nosso território e nossos corpos aos inimigos”. Foram quase 15 mortes em seu povo, sobretudo idosos: “nossas bibliotecas se queimaram”
Mais de 16 milhões de latino-americanos estarão na extrema pobreza até 2021. Banco Mundial, FMI e OMC propõem ações emergenciais, mas amparam corporações que monopolizam a cadeia alimentar, especulam preços e subjugam camponeses
Colonizadores tentaram renomeá-los: jaguar virou “onça”, tapir ficou “anta”. Alguns, viraram híbridos: lobo-guará, tamanduá-bandeira, sapo-cururu. Mas língua indígena venceu, por maioria esmagadora: sabiá, tamanduá, perereca, jabuti
Por três vezes, declararam-no extinto – a última em 1863. Acreditavam que as mulheres não dariam continuidade à etnia. Mas, décadas depois, elas ressurgem; o cacique é mulher, Mãe Ota, e o espírito que as guiam, feminino: Kahañe Kahoo
Da exploração colonial à era dos Soberanos, aos Impérios e ao mundo das Finanças, dominado pelos EUA. Feito vírus, sistema pilha países, explora o trabalho e molda como mercadoria a alma humana. Mas sua lógica central tornou-se obsoleta
Assim cantavam usuários de unidade de saúde mental, durante um Carnaval. Em prática artística, implantadas no Brasil e na Bélgica, uma instigante sabotagem à racionalidade neoliberal: transtornos, fobias, medos são responsabilidade coletiva
Ela precisa abandonar a ideia tola de neutralidade para perder-se na potência ainda amordaçada das ruas, rodar nas encruzilhadas, reivindicar a radicalidade das macumbas. E ser gira: mudança e festa; saber, corpo e rebeldia
Pensador advertia: independência nunca chegou aos povos indígenas. Novas rebeldias multiétnicas podem colocar em xeque o conceito de nação colonizada. Por isso elite persegue collas, destrói wiphalas e quer fim do Estado plurinacional
Em MG, palco dos grandes crimes ambientais deste século, antropóloga desafia ideia de que o destino do estado está ligado à extração de minérios. Ela dispara: “Estamos reproduzindo o discurso usado para nos colonizar”
Em projeto desenvolvido na reserva, índios são protagonistas na compreensão e cura de doenças. Unifesp oferece formação de agentes de saúde, e desenvolve pesquisas com pajés e sábios, valorizando a medicina tradicional das aldeias
As teias onde se tece nossa angústia. Incúria e sonhos. A China e as disputas por seus mares vizinhos. Os estranhos capitalistas que desistiram de crescer.
Novo livro relaciona corporações e disciplinamento das subjetividades, nas redes sociais. Quanto mais somos compulsivos, mais impotentes, diz autor — e saída exige, além de radicalidade política, quebra das lógicas narcísivas
Negligência criminosa do governo espezinha a população e banaliza o mórbido. As notícias nos tiram o sono – e espantam os sonhos de outro mundo possível. Mas é hora de recuperá-los: com a luta pelo impeachment e a potência “dos de baixo”