Adolescência faz do plano-sequência não um fetiche, mas recurso potente para mostrar atordoamentos, labirintos, embates… E, omitir a catarse (o julgamento do caso) incita a pensar sobre como o mal floresce no mundo contemporâneo, para além de um indivíduo
Série é ponto de partida para refletir sobre a subjetividade neoliberal em que está imersa parte de uma juventude hiperconectada. Com a erosão de espaços coletivos e o imperativo de ganhar – dinheiro, mulher, poder –, vem o ressentimento: “alguém deve pagar pelo meu fracasso”
Além do mundo incel, a série também explora o efeito de dissociação nas redes. Aquela “criança desadaptada” agora pode se esconder no avatar de um mundo virtual, com suas próprias regras de pertencimento e sociabilidade. Lá, não é, necessariamente, a família quem traumatiza
Um contundente filme sobre a alienação religiosa. Sem clichês, Pedágio mostra uma mãe que busca “salvação” num pastor-terapêuta para o filho que dubla divas do jazz da internet. A história é de passagens: da honestidade ao crime, da virtude ao pecado…
Em A Primeira morte de Joana, de Cristiana Oliveira, garota explora suas relações familiares e sexualidade em meio aos horizontes vastos e à moralidade estreita do extremo Sul. Jair Rodrigues, de R. Rewald, aponta peculiar negritude do músico
Crescem sensivelmente, nos EUA, casos de depressão, ansiedade e suicídios de adolescentes, relacionados ao uso do Instagram e Facebook. Há sinais de que o mesmo se dá no Brasil. Artigo defende regulamentação pública das redes