Um Breque dos Apps o contra a depravação empresarial

Como foi organizado o escracho dos entregadores ao evento multimilionário da IFood, logo após a empresa arrochar ainda mais os pagamentos. As reivindicações do movimento: piso mínimo e raios de entrega dignos. E as críticas à regulação proposta pelo governo

Foto: Agência Brasil
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Por Renato Assad, no Blog da Boitempo

No dia 5 de agosto de 2025, entregadores e entregadoras se mobilizaram em frente ao evento iFood Move, realizado em São Paulo, para denunciar as violentas condições de trabalho impostas pelas plataformas de entrega — sobretudo pelo iFood, que hoje detém mais de 80% do mercado de entregas por aplicativos no país. 

Em sua segunda edição, o evento multimilionário, capitaneado pelo presidente da empresa, Diego Barreto (aquele mesmo que apareceu cantando de maneira descontraída com o ministro Barroso do STF), foi um verdadeiro espetáculo de autopromoção dos exploradores. Com dezenas de painéis, celebridades como Usain Bolt, ingressos que variavam entre R$ 1 mil e mais de R$ 3mil, além de muito champanhe, Barreto e companhia brindavam ao valor — não o valor no sentido humano ou social, mas o valor no sentido estritamente econômico, extraído da exploração da força de trabalho dos entregadores e entregadoras1. Ora, já recordara o bom e velho Marx em nota de rodapé de O capital:  

“O capital tem horror à ausência do lucro ou do lucro pequeno, como a natureza do vazio. Com lucro adequado o capital torna-se audaz; com 10%, seguro; com 20%, excitado; com 50% de lucro, temerário; com 100% pisoteará qualquer lei humana; com 300% de lucro não há crime que não arrisque, mesmo sob a ameaça da forca. Se tumulto e confusão trouxerem lucro, serão pelo capital encorajados. Prova: contrabando e comércio de escravos.”2

Contudo, diferente da primeira edição, o evento contou com uma inesperada e animadora novidade: uma visita surpresa dos trabalhadores que movem as engrenagens do iFood. Excluídos dessa “celebração” e de qualquer parcela do lucro bilionário (para 2025, o montante é de R$ 1,2 bilhão) que os 120 milhões de pedidos mensais entregues pelos entregadores(as) concedem aos cofres da empresa, a categoria terminou por subverter a lógica privada do evento.

Já lá pelas 8 horas da manhã, muito antes de o evento começar e há mais de três quilômetros dos palcos dessa grande e depravada festa, fomos recebidos em nossa concentração por alguns seguranças do iFood com apertos de mão intimidatórios e perguntas pouco pertinentes sobre nossa ação. Mas de nossa parte tudo já estava encaminhado e organizado, restava-lhes, portanto, nada além de aguardar a nossa chegada — barulhenta e nada discreta, como corresponde. 

Além de São Paulo capital e de cidades da região metropolitana, dezenas de entregadores e entregadoras vieram de Campinas, Mogi Guaçu, Sorocaba, Rio, Minas, Santa Catarina e outros estados carregando aquilo que cada vez mais vai se forjando no seio da categoria: a consciência de classe e a organização coletiva3. A cada delegação que chegava ao ponto de concentração — sempre monitorado pelos capangas do iFood e pela Polícia Militar — gritos, assobios e sorrisos dominavam a paisagem. 

Marcha: era hora de sair! Entre as mais de cem motos e bikes, o que não faltava era punho no alto e dedo na buzina: como é satisfatória a ação da “bagunça” classista! — muito organizada, diga-se de passagem. 

Em chegada emblemática, registrada pelos veículos de imprensa que lá aguardavam, piquetamos por alguns minutos o acesso ao evento de nossos “parceiros”, para usar a linguagem empresarial. Poderíamos e deveríamos ter segurado por mais tempo, mas diferentes orientações das direções ali presentes terminaram por jogar contra. Inclusive, não poderíamos deixar aqui de agradecer pelas buzinas que soavam em sincronia com as nossas, tocadas por aqueles que dirigiam desesperadamente seus ouvidos para os discursos mais patéticos e no pior estilo coach que o evento proporcionaria.

Pão, carne e consciência de classe 

“A consciência das massas operárias não pode ser uma verdadeira consciência de classe se os operários não aprenderem, com base em fatos e acontecimentos políticos concretos e atuais, a observar cada uma das outras classes sociais em todas as manifestações da vida intelectual, moral e política; se não aprenderem a aplicar na prática a análise e a apreciação materialista de todos os aspectos da atividade e da vida de todas as classes, categorias e grupos da população.”
— Vladimir Ilitch Lênin, em O que fazer?

Estendidas todas as nossas faixas, muito visíveis ao público que chegava, estampando os dizeres “iFood Move escravidão e mortes” e “Festa no palco: precarização na rua”, começamos nossa própria e verdadeira celebração, fundada na solidariedade e no ódio de classe. Enquanto colocávamos fogo no carvão, inúmeras lideranças soltavam a voz no megafone, e todas contavam com aplausos e muitas vezes gritos de “viva o breque!”. Mas não foi só o carvão que pegava fogo: duas camisetas estampadas com a logo do iFood ardiam em chamas no chão, em frente daqueles que falavam aos seus pares.  

De maneira unânime, o elemento de denúncia nas falas era sobre a necessidade de acabar com a “escravidão moderna”, quiçá a agitação mais presente no último e maior Breque dos APPs e, não por acaso, o principal mote dessa última ação.  

A verdade é que o churrasco ali na porta do iFood Move não se tratava apenas de uma manifestação simbólica, mas de uma expressão concreta de solidariedade de classe, de auto-organização e de uma identidade coletiva forjada na luta cotidiana (tanto por melhores condições de trabalho quanto pela subsistência cotidiana nas ruas e bolsões), que parece assumir dimensões cada vez mais profundas sobre a subjetividade da categoria. Os espetinhos, a farofa e o fogo do churrasco colocavam, frente a frente, a relação entre explorados e exploradores, entre trabalhadores e parasitas. Não se tratava apenas de um contraste objetivo, mas, sobretudo, de um profundo questionamento classista. Ali pulsavam ideias coletivas que revelavam, de forma cada vez mais nítida, as contradições sociais — impossíveis de serem ignoradas naquele momento. Ideias que, há algum tempo, vêm se transformando em batalhas concretas para impor, no plano material, a vontade crescente de transformar a condição de vida da categoria — ainda que, cada vez menos, dentro de uma lógica corporativista4. E isso, definitivamente, não é qualquer coisa!

No confronto entre o champanhe dos capitalistas e o churrasco de trabalhadores e trabalhadoras, ficou evidente quem realmente produz valor, quem carrega a sociedade nas costas, e quem apenas se beneficia desse esforço como corpo parasitário de um sistema que produz “tempo livre para uma classe [a burguesia] transformando todo o tempo de vida das massas em tempo de trabalho”5

A verdade é que o iFood Move nada fez além de transformar a barbárie em espetáculo, naturalizando a exploração e a morte como “sucesso” e “inovação”. E por isso, do lado de fora, entregadores e entregadoras transformaram essa tentativa de apagamento das condições reais de vida a que estão subordinados centenas de milhares de entregadores(as) em denúncia e mobilização. Porque sabem: a miséria dos trabalhadores é a condição da festa dos capitalistas.  

O PL do Breque 

Esse ato foi mais do que um mero protesto: foi um marco político, um recado claro de que a categoria continua em movimento. Logo, para além de constranger o empresariado e desmascarar o verniz de “modernização” que vendia o evento — um verdadeiro marketing dos imperativos mais violentos da precarização laboral —, nossa manifestação também reivindicava a aprovação do Projeto de Lei nº 2.479/2025, intitulado pela vanguarda da categoria como “PL do Breque”.

O projeto foi escrito pelas nossas mãos, uma vez que recebemos do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) um projeto praticamente de natureza patronal, assim como o PLP 12/2024 do governo Lula-Alckmin. No texto, progressivo mas limitado, é verdade, propomos aquilo que pôde ser consensuado após o Breque, no marco de uma série de contradições e desconfianças no seio da categoria no que diz respeito aos direitos trabalhistas: obrigatoriedade de um piso mínimo remuneratório de R$ 10,00 por corrida até quatro quilômetros, mais R$ 2,50 por quilômetro acrescido; raio de entrega de até três quilômetros pra bicicleta e outras várias reivindicações ligadas à segurança do trabalho e transparência algorítmica.

Hoje, no entanto, o deputado Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados (eleito com os votos do PT e PL), se recusa a pautar o projeto, revelando aquilo que estamos cansados de apontar: trabalham os representantes políticos, com raras as exceções, como interlocutores e administradores dos interesses da classe dominante. Sendo assim, o bloqueio político ao PL do Breque é mais uma expressão cristalina de algo elementar que Lênin indicou em O Estado e a revolução, ao recorrer à teoria do Estado em Marx e Engels:  

“O Estado é o produto e a manifestação do carácter inconciliável das contradições de classe. O Estado surge precisamente onde, quando e na medida em que as contradições de classe objetivamente não podem ser conciliadas. E inversamente: a existência do Estado prova que as contradições de classe são inconciliáveis.”

É, então, sintomático que na coletiva de imprensa do iFood Move o senhor Diego Barreto tenha voltado a defender o PLP 12/2024, projeto que institucionaliza a escravidão moderna ao deformar até mesmo o conceito de tempo de trabalho. Segundo o texto do Projeto de Lei Complementar, só é considerado tempo de trabalho aquele em que o entregador ou entregadora estiver com o pedido na bag, desconsiderando completamente as horas de espera, deslocamento e disponibilidade, que são parte indissociável do cotidiano da categoria. Novamente, o mais revoltante é que esse projeto tem apoio e redação do próprio governo federal, que se diz aliado dos trabalhadores, mas apresenta um texto de natureza patronal e escancara toda sua traição política e de classe aos trabalhadores plataformizados.

Trata-se de uma escancarada dissimulação: ao reafirmar a autonomia dos entregadores(as), o governo encobre a realidade concreta da subordinação total imposta pela plataformização do trabalho e, assim, além de sustentar todo o operativo ideológico empresarial, se mostra disposto a formalizar a obliteração da condição de assalariamento em não-assalariamento — em efetivar no campo jurídico a irrestrita liberdade para que essas empresas possam continuar massacrando centenas de milhares de trabalhadores.

Como afirma Ricardo Antunes, estamos diante de uma forma inédita de controle e de apropriação de trabalho não pago que resulta em uma processualidade ultra contraditória que combina tecnologias até então impensáveis com condições preteridas de exploração do trabalho: “O capitalismo de plataforma se assemelha à protoforma do capitalismo, que remonta à primeira fase do capitalismo, quando o trabalhador era explorado com horas exaustivas de trabalho.”  

Portanto, o PLP 12/2024 não é apenas um retrocesso, mas pode significar a abertura de uma verdadeira caixa de Pandora: se aprovado, certamente dará vazão para a generalização da precarização do trabalho com a destruição de direitos básicos conquistados pela imposição do movimento operário no transcurso da história.  

“Acima de nós, só a roda da frente” 

Desde o primeiro e histórico Breque dos APPs, em julho de 2020; das paralisações nas pequenas e medias cidades do interior do país, como em São José dos Campos e Jundiaí, em 2021; o Breque de 2023 e, agora, na última, mais recente e maior paralisação nacional da categoria, as empresas, sobretudo o iFood, ao lado do atual governo, tentaram conter os ânimos dos trabalhadores(as) fazendo algumas concessões mínimas, como aumentos insignificantes (tomados como provocação pela categoria).  

Mas o que temos atualmente é um movimento ainda mais ofensivo do iFood, que pretende passar por cima dessa concessões: a empresa lançou o modelo de subpraça. Com ele, a plataforma amplia o controle sobre a distribuição espacial do trabalho, segmentando ainda mais a lógica da exploração e reduzindo drasticamente os valores pagos por entrega. Se antes, após o Breque, o valor mínimo por corrida tinha sido elevado para R$ 7,50 para moto e R$ 7,00 para bike — longe dos R$ 10,00 reivindicados nas ruas —, agora, sob o novo modelo, há praças em que o valor pago é de apenas R$ 3,30 por corrida, como no caso de Campinas-SP que já prepara um Breque local contra essa atrocidade.

Nesse modelo de subpraça, o pagamento anunciado é de R$ 8 por hora disponível e R$ 3,30 por entrega realizada. Considerando um período de 3 horas com 5 entregas, o valor bruto total seria de R$ 24 pelas horas + R$ 16,50 pelas entregas = R$ 40,50. Como o iFood garante um mínimo de R$ 45 nesse intervalo de tempo (o que só ocorre se trabalhadores e trabalhadoras realizarem ao menos cinco corridas nessa janela, sem o direito de recusar nenhum pedido!), ele complementa o restante com R$ 4,50. O ganho bruto final é, portanto, de R$ 45, o que dá R$ 15 por hora. 

No entanto, esse valor não é líquido: ao descontarmos os custos médios de operação de uma moto — incluindo combustível, óleo, manutenção, pneus e depreciação —, o rendimento real do entregador despenca. Segundo alguns estudos e levantamentos do DIEESE, esses custos giravam entre R$ 6 e R$ 8 por hora rodada. Atualizando esses valores pela inflação acumulada (IPCA) até julho de 2025, o custo estimado hoje estaria entre R$ 7,89 e R$ 10,51 por hora, o que reduz o ganho líquido do entregador para uma faixa entre R$ 4,49 e R$ 7,11 por hora. 

Isso significa, como mostra o gráfico a seguir, que mesmo com o valor mínimo garantido, o entregador(a) ganha menos do que a hora do salário mínimo paulista, que em 2025 foi de R$ 1.804 mensais, ou R$ 8,20 por hora (considerando 220 horas mensais). Em outras palavras: o trabalhador, mesmo cumprindo metas, horários fixos e restrição de área, recebe menos que o mínimo legal por hora — e ainda sem nenhum direito garantido, como férias, hora extra, 13º, FGTS ou previdência. Não à toa são generalizadas as jornada de 70 a 90 horas semanais para a categoria, o dobro do máximo permitido pela legislação (44 horas).  

Essa ofensiva revela uma estratégia de aproximações sucessivas, testando os limites da correlação de forças e avançando, aos poucos, sobre as condições mínimas de subsistência da categoria. É a fórmula por excelência do capitalismo que Marx já identificava no pagamento por peça: quanto mais se produz, mais se recebe — mas menos vale cada unidade produzida. A lógica do lucro exige sempre mais trabalho por menos valor, aprofundando a precarização e a expropriação do tempo de vida dos trabalhadores(as). 

Sendo assim, a manifestação em frente ao iFood Move foi, portanto, mais do que um protesto contra uma empresa. Foi uma denúncia pública da cumplicidade entre capital e Estado. Mostrou que, enquanto a plataforma se apresenta como símbolo de “modernização”, sua base é a exploração intensificada de uma massa de trabalhadores desprovidos de qualquer proteção social. Rejeitar o PLP 12/2024, lutar pela aprovação do PL nº 2.479/2025 e seguir organizando a categoria são tarefas urgentes. Porque, se há algo que a história ensinou, é que nenhum direito foi dado: todos foram arrancados pela força da luta de classes.  

Nesse contexto, as palavras de Leon Trótski ecoam com urgência. Em “A revolução traída” (1936), ele destaca a importância de que a classe trabalhadora não confie em soluções fáceis ou imediatas, mas construa sua força a partir de sua própria experiência. Uma lição que nos leva a outra conclusão pertencente ao axioma do movimento operário, condição que se faz historicamente inegociável: sem organização, não há classe que possa lutar; sem consciência de classe, não há organização sólida.  

E sobre isso reside, todavia, um dos maiores desafios à categoria: organizações sólidas com programas com medidas anticapitalistas que logrem combinar as exigências mais imediatas às mais históricas; àquelas de natureza estratégica que impulsionem um processo de enraizamento para que a luta da categoria seja ao mesmo tempo uma luta econômica, mas também política — como deve ser toda verdadeira luta proletária.

Mesmo assim, o movimento vem se aproximando — lentamente, é verdade — de fazer dessas necessidades uma condição concreta, desafio que também exige da vanguarda da categoria a perspectiva da unidade com outros setores da classe trabalhadora superexplorada, como aqueles submetidos à escala 6×1, por exemplo.

Portanto, o Breque dos APPs tem cumprido um papel importante no recomeço das experiências históricas da luta do proletariado diante de um mundo que combina em um par dialético o hiperdesenvolvimento tecnológico e a barbárie social. Trata-se de um novo setor da classe trabalhadora que, em meio à precarização extrema do trabalho como uma contratendência do capital à sua crise estrutural, compreende cada vez mais que a luta não é apenas por melhorias imediatas, mas pela transformação radical da sociedade.

O que foi dito anteriormente pode ser sintetizado na seguinte frase, enviada em áudio, numa conversa pessoal com um companheiro, Daniel, que veio de Campinas para o ato: 

“A nossa luta é a nossa vida, (…) e a minha vitória é a vitória da categoria. E isso é pensar no coletivo parceiro, isso é minha luta — é minha vida. De onde eu venho, dinheiro não compra dignidade não.” 

Sendo assim, ao transformar a barbárie em espetáculo, o que o iFood fez e segue fazendo, além de promover a exploração e a morte como “conquistas” e “avanços”, é inflamar o ódio de classe que se eleva na espiritualidade da categoria. Insistimos, lá fora, os entregadores e entregadoras desfizeram o véu que esconde a realidade de centenas de milhares de trabalhadores(as) e o transformaram em símbolo de solidariedade, luta e auto-organização. Reconheceram, novamente, que, mais do que as luzes e o champanhe dos capitalistas, é o brilho do poder da categoria em movimento que ilumina o caminho da classe trabalhadora.

Podemos então concluir que o ato em frente ao iFood Move expressou, com força e clareza, que os entregadores(as) não estão dispostos a aceitar passivamente a engrenagem que os condena à miséria enquanto um punhado de parasitas brinda com champanhe sobre o sangue e suor dos trabalhadores(as) — de uma categoria que vive 365 dias do ano em luto, mas também em estado de luta. 

Mais do que reagir a um evento, a categoria reafirmou que possui memória de luta, que é capaz de se organizar e de propor seu próprio programa, enfrentando tanto as empresas quanto o Estado que as serve. Nessa guerra, cada breque, cada piquete, cada faísca de solidariedade constituída no asfalto e no carvão dos churrascos ou cafés da manhã solidários é parte de um acúmulo histórico que pode fazer daquilo que os derrotistas e oportunistas dizem ser impossível algo extremamente real: o triunfo das e dos trabalhadores!

Renato Assad é graduado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), entregador e dirigente do movimento de entregadores na cidade de São Paulo. É autor do livro Entregadores de aplicativos: a luta de um novo proletariado.

Notas


  1. Assad, Renato. iFood Move: um evento de celebração da escravidão moderna, da exploração brutal e da morte de trabalhadores(as). Esquerdaweb. Jul, 2025.
  2. Trata-se de uma citação de Marx recolhida da obra de Thomas Jefferson Dunning, Trades’ Unions and Strikes: Their philosophy and Intention.
  3. Hegel transmitia de alguma forma que (citando aqui de memória a partir de uma intervenção de um camarada) a vontade é o pensamento lutando por ser real.
  4. Marx, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2013, p. 601.

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