Trabalhar menos faz bem para a saúde
• Os benefícios em reduzir escala de trabalho a 4×3 • Jarbas Barbosa, da Opas, fala sobre saúde global • E MAIS: investimentos na indústria; PAC para UBSs; Luciana Santos; saúde e morte nos EUA •
Publicado 22/07/2025 às 19:46
Enquanto no Brasil a luta contra a escala de trabalho 6×1 ganha corpo na sociedade, a Boston College apresenta estudos sobre as vantagens de uma jornada de trabalho de no máximo quatro dias semanais. A universidade realizou pesquisa com 141 empresas de países desenvolvidos que toparam o experimento de redução da carga de trabalho com manutenção de salário. Estresse, burnout e cansaço físico foram reduzidos nestas empresas em comparação com outras 12 que mantiveram a escala tradicional.
Apesar da evidência de que mais tempo livre gera felicidade e bem estar, o estudo assume limitações ao reconhecer que as empresas participantes do estudo já eram propensas a aceitar a redução de jornada. No entanto, mudanças de paradigma como busca permanente por alta produtividade e mesmo a garantia de condições mínimas de existência sem jornadas extenuantes exigem uma mobilização política e social muito mais ampla.
Líder da OPAS comenta desafios de saúde nas Américas
Jarbas Barbosa, sanitarista brasileiro e atual diretor da Organização Pan-Americana de Saúde, concedeu longa entrevista ao jornal O Globo, na qual analisou os principais alvos das políticas de saúde pública da região. Para ele, é necessário avançar na abordagem em saúde mental, uma vez que tal condição tem se manifestado massivamente, a exemplo do aumento de suicídios.
Além disso, destacou as ameaças inequívocas de uma nova pandemia. A gripe aviária seria uma candidata a este futuro surto. De todo modo, Jarbas afirma que, após a covid-19, muitos países melhoraram seu sistema de vigilância em saúde, o que permitiria respostas mais estruturadas. Outro tema de destaque foi a Atenção Básica, que pode prevenir e monitorar diversas doenças, em especial as crônicas não contagiosas, cujas mortes, em sua visão, poderiam ser prevenidas em até 30% em relação à atualidade.
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Investimentos na economia da saúde atingem R$ 11 bi
O governo Lula já ampliou em 94% os investimentos públicos na indústria da saúde, em comparação ao período Bolsonaro. São cerca de R$ 11,3 bilhões aprovados por BNDES e Finep (ligada ao ministério da Ciência) em investimentos produtivos em insumos básicos de saúde e medicamentos. Leia mais detalhes.
Mais R$ 6 bi em saúde no PAC 2
Além dos investimentos na economia da saúde, o governo Lula tem as próprias instalações físicas e seus equipamentos como pauta de investimentos. De acordo com o governo, serão R$ 6 bilhões direcionados à construção de 800 UBS, além de melhoria nas já existentes e aumento da frota do SAMU. Mais informações sobre os investimentos.
Ministra da Ciência fala no Conune
Presente ao 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes, Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, proferiu discurso de exaltação à ação do governo Lula na retomada de políticas públicas na educação, o que inclui as Instituições Federais de Ensino Superior. Veja o que mais ela falou.
Crise no sistema de transplantes de órgãos dos EUA
Reportagem do NY Times relata uma situação bizarra nos sistemas de doação de órgãos dos EUA: têm sido comuns retiradas forçadas de órgãos de pacientes ainda vivos, motivadas por um aumento de demanda por transplantes. Isso ocorre devido à permissão de retirada de órgãos após a denominada “morte circulatória”. Como assim?
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