Terror israelense sobrecarrega hospitais no Líbano

• Ataques de Israel afetam saúde no Líbano • Método da Fiocruz contra dengue tem sucesso em BH • Greve ambiental dos trabalhadores dos Correios • Dívida recorde das Santas Casas • Guia Alimentar de Moçambique • Covid teve origem animal •

Foto: AFP
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Em pouco menos de uma semana, mais de quinhentas pessoas já foram mortas por Israel em uma ofensiva militar no Líbano com bombardeios aéreos e ataques contra aparelhos de comunicação. Reportagem do The New York Times destaca que os médicos libaneses estão sobrecarregados pela onda de mortos e feridos, que chegam aos hospitais na casa dos milhares. Os atingidos pelas explosões de pagers e walkie-talkies, dizem os profissionais da saúde, são reconhecíveis pelos olhos e mãos destroçados. À BBC, um cirurgião disse que teve que “agir como um robô” para tratar o enorme volume de feridos pela ação israelense, que “em sua maioria eram civis”, ele diz. “O sistema de saúde libanês não terá nenhuma forma de tratar os feridos se acontecer uma escalada para uma guerra total”, alerta o diretor do hospital da Universidade Americana em Beirute.

Os resultados animadores de ação da Fiocruz contra a dengue em BH

Um projeto da Fiocruz reduziu em 29% os casos de dengue nos bairros de Belo Horizonte em que foi implementado, além de diminuí-los em 21% nas regiões adjacentes. Os resultados da aplicação experimental do método foram publicados na The Lancet na última quinta-feira (19/9). Ao longo de dois anos, 2.500 estações disseminadoras de larvicida (EDL) foram distribuídas por nove bairros da capital mineira. A partir daí, a estratégia controla o vetor da dengue por meio da “autodisseminação” do larvicida pelos próprios mosquitos: em seu corpo, eles levam partículas do produto para criadouros de difícil acesso, reduzindo sua população. Com os resultados alcançados, “nosso ensaio demonstra a eficácia do método no controle da dengue”, defende um dos responsáveis pela pesquisa. Recentemente, ao divulgar seu novo plano nacional contra a dengue, o Ministério da Saúde confirmou que as EDL serão uma das estratégias empregadas para controlar o Aedes aegypti, informação que havia sido inicialmente divulgada em julho.

Servidores dos Correios no Acre anunciam “greve ambiental”

No Acre, os trabalhadores dos Correios iniciaram uma “greve ambiental” para se proteger das condições insalubres de trabalho causadas pela fumaça das queimadas. A suspensão das entregas teve início na última sexta-feira (20/9), e foi anunciada pelo sindicato dos servidores da empresa estatal de logística. De acordo com a entidade, há respaldo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para essa paralisação, já que a agência prevê o direito à greve ambiental “quando há riscos iminentes à saúde e segurança dos trabalhadores”. Como demanda do movimento, o Sintect-AC exige da direção dos Correios a distribuição de máscaras N95 para os funcionários. Devido ao contexto dos incêndios, que têm atingido de forma particularmente dura o estado nortista, o próprio Governo do Acre também suspendeu as aulas presenciais nas escolas a partir da sexta-feira.

Santas Casas querem renegociar dívida recorde

Devendo R$10 bilhões à Caixa e a outros bancos, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos estão pressionando o Governo Federal a autorizar a renegociação de seus empréstimos. De acordo com o JOTA, a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), entidade patronal do setor, visitou diretores da Caixa Econômica Federal para pedir o adiamento por seis meses da quitação de suas dívidas e a redução dos juros. Em 2023, diz o banco público, o segmento tomou um recorde de dinheiro emprestado: R$5,1 bilhões. Entre outras demandas, as filantrópicas também solicitam do governo a correção do valor dos procedimentos na tabela do SUS e o aumento dos recursos destinados pelo Ministério da Saúde para o pagamento do piso da enfermagem.

Brasil apoia escrita de guia alimentar de Moçambique

No ano em que o Guia Alimentar para a População Brasileira completa uma década de publicação, o Brasil promove um projeto de cooperação que busca elaborar um guia alimentar para as crianças de Moçambique. Técnicos da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) estiveram no país africano de agosto ao início de setembro, onde realizaram uma oficina com trabalhadores da saúde e ajudaram a definir os critérios e a metodologia da formulação do documento. O cronograma dos trabalhos foi elaborado por outra instituição brasileira, a Fiocruz. “A iniciativa reforça […] a importância da cooperação entre Brasil e Moçambique para fortalecer as políticas públicas de segurança alimentar e nutricional em ambos os países”, diz nota da pasta, que também frisa que a criação de guias alimentares é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Novo estudo reforça hipótese da origem animal da covid-19

Pesquisa publicada na revista científica estadunidense Cell volta a reforçar a origem animal do coronavírus associado à pandemia da covid-19. Primeira a ser levantada quando a emergência global teve início, a hipótese havia sido contestada – tanto de forma séria por cientistas quanto com fins geopolíticos por potências rivais interessadas em atingir a China – pelos que apontavam uma possível origem em laboratório do patógeno. Ainda não parece ser possível cravar com total certeza qual das teorias corresponde à realidade. Contudo, a análise de dados realizada pelo novo estudo utilizou técnicas genômicas avançadas que identificaram seis espécies de animais que podem ter sido intermediárias da transmissão do vírus SARS-CoV-2 do morcego para o homem, desencadeando o início da pandemia. A pesquisa também coaduna a visão dos pesquisadores, cujas conclusões saíram em artigo na Nature, que defendem que a primeira infecção humana aconteceu no mercado de Wuhan, na China.

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