Por que os EUA atacam os convênios médicos cubanos

• Médicos cubanos e sua importância para a ilha • Trânsito e transtornos mentais • Fentanil na Argentina • E MAIS: UBS indígena; Política Nacional de Residência em Saúde; Trump x Big Pharma •

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A Associação dos Médicos Cubanos no Brasil (Aspromed) publicou nota de repúdio às sanções do governo dos EUA contra autoridades de saúde brasileiras. Em defesa de médicos oriundos deste país que fixaram residência no Brasil, a Aspromed defendeu o convênio entre Brasil e Cuba e ressaltou os méritos do programa Mais Médicos.

Enquanto isso, um estudo do sociólogo Samuel Farber, da Universidade de Berkeley (Califórnia), explica porque os EUA miram os convênios médicos cubanos. Atualmente, a exportação desses serviços representa 46% da pauta externa do país e 6% do PIB da ilha. Ou seja, trata-se de uma nova fronteira de sufocamento econômico imposto pelo bloqueio ilegal imposto pelos EUA há mais de 60 anos ao país caribenho.

Pesquisa relaciona ruído de trânsito com depressão

Um estudo organizado por pesquisadores da Universidade de Oulu, Finlândia, publicou resultados do acompanhamento de 114 mil moradores de Helsinque, capital do país, em relação ao barulho gerado por veículos. De caráter transversal, a pesquisa analisou informações médicas a respeito de depressão e ansiedade de tais pessoas no ano de 2007 e sua possível correlação com áreas onde o ruído do tráfego supera os 53 decibéis.

As observações constataram que o desenvolvimento de tais transtornos aumentou de forma considerável onde o ruído médio supera o padrão estabelecido como seguro. Publicada na Revista Environmental Research, a pesquisa fornece pistas para políticas públicas, tais como aumento de áreas verdes nas regiões onde os indicadores de saúde mental se deterioraram e normas de trânsito que diminuam o barulho dos veículos.

Fentanil gera tragédia hospitalar na Argentina

A justiça argentina investiga um escândalo sanitário que matou pelo menos 87 pessoas em hospitais das províncias de Buenos Aires e Santa Fé nos últimos meses. As mortes são resultado de cápsulas de fentanil contaminadas por uma superbactéria. Estima-se que 300 mil ampolas contaminadas foram distribuídas pelos laboratórios HLB Pharma Grooup e Ramallo.

Usadas para procedimentos médicos como tratamento de cálculos renais, as cápsulas estavam infectadas pelas bactérias Klebsiella pneumoniae MBL e Ralstonia pickettii. Após sistemáticas denúncias de médicos que já desconfiavam da correlação entre as mortes e o produto farmacêutico, o Ministério da Saúde do país fez uma denúncia e a Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica (ANMAT) ordenou recolhimento dos lotes rastreados para análise.

Agora, o caso está nas mãos de um juiz federal, enquanto familiares das vítimas fazem manifestações de rua e reuniões com congressistas argentinos a fim de buscar reparações. Há ainda outras nove mortes suspeitas de terem sido causadas pelo fentanil contaminado em investigação.

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Avança a implementação das UBS indígenas

Nesta semana, o Ministério da Saúde inaugurou duas Unidades Básicas de Saúde Indígena no Ceará, atendendo mais de 3 mil pessoas nas aldeias Monguba, Horto e Olho D’Água. O investimento é de cerca de R$2,8 milhões. Saiba mais.

Em pauta, a Política Nacional de Residências em Saúde

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados debateu no último dia 14 a Política Nacional de Residências em Saúde. Em meio a problemas de saúde mental e sobrecarga, a redução de sua carga horária para 48 horas semanais foi um dos principais temas discutidos. Assista à audiência pública.

Briga de irmãos: o embate Trump x Big Pharma

A Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa que é dona da patente do Olympic, reduziu pela metade o preço de seu principal produto na Europa. A movimentação está ligada às pressões de Donald Trump sobre as grandes fabricantes de remédios. Entenda.

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