Médica britânica denuncia crimes israelenses em Gaza
• O sofrimento de palestinos em Gaza permanece impune • Fiocruz faz parcerias no Sul Global • Produção de alimentos • E MAIS: Opas monitora gripe; vapes; prótese biodegradável; DIU hormonal •
Publicado 14/07/2025 às 13:35

“Não são mais feridas de estilhaços. Partes inteiras das pessoas estão sendo explodidas. As crianças chegam sem os joelhos, sem os pés, sem as mãos”. Assim descreve a cirurgiã britânica Victoria Rose o que viu durante os 21 dias em que trabalhou na emergência do Hospital Nasser, na Faixa de Gaza. Ex-chefe da seção de cirurgia de trauma no hospital do King’s College e cirurgiã plástica no Westminster and Chelsea Hospital, ela denuncia ao The New York Times a carnificina promovida por Israel contra os palestinos que buscam comida.
Todos os pacientes atendidos por Rose no dia 1º de junho afirmaram ter sido alvejados pelos guardas dos centros de distribuição de alimentos montados em Gaza por Israel e uma falsa fundação humanitária. 60% dos feridos eram menores de 15 anos. A desnutrição deixa seus corpos incapazes de se recuperar – e faltam antibióticos para tratar as infecções, cada vez mais disseminadas. O aumento no número diários de mortos demonstra que Israel leva adiante o genocídio, impune.
Países do Sul Global estreitam laços de saúde
Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, esforços de cooperação em saúde entre os países do Sul Global são detalhados pelo presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira. Ele explica que o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas dos Brics, coordenado pela instituição brasileira que preside, é uma das principais iniciativas do campo. “Estamos, agora, na etapa de mobilização dos institutos de cada país, para montar um repositório digital de projetos, e alinhar esses projetos em prol dos interesses comuns dos países”, disse.
Novos acordos deverão ser firmados para garantir o financiamento das principais pesquisas. Recentemente, o bloco também assinou uma parceria para eliminação de doenças socialmente determinadas. De acordo com Moreira, a Índia é um dos países com que o Brasil busca estreitar laços. “Temos alguns projetos de cooperação industrial e também temos outros de cooperação no desenvolvimento de novas vacinas”, revela.
Quais são os países mais e menos autossuficientes em alimentos
Noticiado pela Revista Pesquisa Fapesp, um estudo sondou a autossuficiência dos países em alimentos. Apenas uma nação do mundo produz uma quantidade suficiente dos sete tipos básicos de comida – alimentos ricos em amido, nozes e sementes, carne, peixes, laticínios, vegetais e frutas – para alimentar toda sua população: a Guiana, vizinha brasileira na América do Sul. Na sequência, China e Vietnã produzem seis das sete categorias, alega a pesquisa publicada na Nature Foods. Por sua vez, o Brasil gera o suficiente de cinco delas (com exceção de peixes e vegetais).
Seis países não possuem autossuficiência em nenhum dos quesitos: Iêmen, Catar, Macau, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Afeganistão. Vale frisar que esses dados não se traduzem diretamente na falta ou não de comida para um povo, devido a dinâmicas de importação e exportação. Os números mais recentes indicam que 2,5 milhões de brasileiros ainda padecem de insegurança alimentar severa.
Ferramenta ajuda a monitorar gripes
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) lançou um painel interativo de monitoramento da circulação dos vírus respiratórios nas Américas. Na plataforma, disponível em quatro línguas, é possível conferir números de casos, internações e óbitos em cada país, além de dados sobre positividade e amostras laboratoriais. Acesse os dados.
Multiplicam-se os problemas ligados aos vapes
Já não resta dúvida que os vapes fazem mal ao corpo, mas recentes estudos seguem ampliando a lista de riscos associados aos cigarros eletrônicos. Pesquisas encontraram nesses dispositivos uma quantidade de metais pesados ainda maior que a anteriormente registrada, além de danos ao pulmão, à boca e ao sistema cardiovascular. Entenda.
Prótese em fase de testes pode ajudar a tratar infecções
Um grupo de pesquisadores do Paraná desenvolveu uma prótese biodegradável a partir de um polímero plástico que pode ser associado a antibióticos, conta a Agência Brasil. Estudos preliminares indicam bons resultados no tratamento de infecções em pessoas que usam próteses. Conheça seu trabalho.
Validade do DIU Mirena é estendida
O DIU hormonal Mirena agora poderá ser utilizado por até oito anos para a prevenção da gravidez, determinou a Anvisa. Para a decisão, o órgão tomou como base um estudo que demonstrou que o DIU seguia tendo efeitos concepcionais após os cinco anos previstos em sua bula. Saiba mais sobre a eficácia de métodos contraceptivos.
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