Foi inaugurado o primeiro SAMU 192 Indígena

• SAMU Indígena começa a funcionar • Padrões regulatórios da OMS para produtos médicos • E MAIS: hepatite D; OMS dá passo atrás; ciência reage ao trumpismo; cooperação com Argentina •

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O Ministério da Saúde inaugurou, no Dia Internacional dos Povos Indígenas (9/8), o primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) Indígena. O SAMU Indígena começou a funcionar 24 horas para atendimentos de urgência e emergência na área do Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, em Dourados (MS). O projeto piloto, que conta com profissionais de saúde bilíngues – fluentes em português e guarani –, atenderá 25 mil indígenas. A entrega foi realizada pelo secretário de Saúde Indígena do ministério, Weibe Tapeba. 

“Essa ação, realizada em uma data muito simbólica e em um local de alta densidade demográfica, integra um conjunto de esforços para garantir atenção integral à população indígena, começando pela atenção primária à saúde”, afirmou Tapeba. O SAMU Indígena será composto por 14 profissionais, dos quais sete falam guarani; um SAMU bilíngue tem por objetivo aprimorar o entendimento entre os profissionais da saúde e os pacientes, reforçando o compromisso do SUS de oferecer um serviço de fato universal, gratuito e culturalmente adequado.

Mais países atendem aos padrões regulatórios da OMS para produtos médicos

A OMS designou oficialmente a Health Canada; o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar/Agência de Produtos Farmacêuticos e Dispositivos Médicos do Japão e a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido como Autoridades Listadas pela OMS (WLAs, na sigla em inglês). O status é concedido às autoridades nacionais que atendem aos mais altos padrões regulatórios internacionais para produtos médicos. Com essas novas designações, a OMS expande sua lista de WLAs, que agora conta com 39 agências em todo o mundo, apoiando um acesso mais rápido e amplo a produtos médicos com garantia de qualidade, especialmente em países do Sul Global.

Segundo Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, “este reconhecimento reflete o profundo compromisso dessas autoridades com a excelência regulatória. Sua designação como WLAs não é apenas uma prova de seus sistemas regulatórios robustos, mas também uma contribuição fundamental para a saúde pública global”. Apesar da expansão da lista, cerca de 70% dos países do mundo ainda enfrentam desafios significativos devido a sistemas regulatórios frágeis ou inadequados para avaliar e autorizar produtos médicos.

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Hepatite D associada ao câncer

No fim do mês de julho, um braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar a Hepatite D como uma doença cancerígena, devido ao seu papel no surgimento de casos de câncer de fígado. Entenda as explicações da agência.

ONU regride no combate aos produtos nocivos à saúde

De acordo com o Health Policy Watch, os países-membros das Nações Unidas desistiram de aprovar uma declaração favorável à taxação de refrigerantes e bebidas alcoólicas, em um recuo de posições anteriores. Saiba mais na reportagem do veículo.

Periódico científico resiste a pressão negacionista do governo

O secretário de Saúde dos EUA, Robert Kennedy Jr., exige que o periódico Annals of Internal Medicine retrate um artigo. O negacionista alega que a presença de alumínio em imunizantes os torna nocivos – mas o estudo publicado no Annals crava o contrário. Acompanhe a disputa.

Brasil e província de Buenos Aires se aproximam

Na sexta (8), o ministro da Saúde de Buenos Aires, Nicolás Kreplak, visitou a Fiocruz para sondar uma parceria. Governada pela oposição kirchnerista, a província pode se tornar um caminho para a cooperação com a Argentina em meio aos impasses na relação com o presidente Javier Milei. Leia a notícia.

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