Fiocruz e UFMG expandem parceria em vacinas

• Cooperação entre Fiocruz e UFMG • Demissão de funcionários do CDC dos Estados Unidos • Ciência palestina e reconstrução de Gaza • E MAIS: resistência a antibióticos; câncer de mama; jornalismo de ciência; mortalidade entre jovens •

Foto: Peter Illiciev
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Na quinta-feira (9/10), uma reunião entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lançou as bases para a cooperação entre as duas instituições para expandir o Centro Nacional de Vacinas, sediado em Belo Horizonte.  O acordo tem como objetivo “potencializar o atendimento às demandas de autonomia e soberania nacional em tecnologia, testagem e produção de vacinas, além do desenvolvimento de kits de diagnósticos e fármacos”, conta a Agência Fiocruz.

A cooperação com unidades da Fiocruz como Bio-Manguinhos será um elemento chave dessa parceria, já que o CN Vacinas se tornou um centro de pesquisas em biotecnologia e imunobiológicos, a partir de uma estratégia do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O presidente da Fiocruz também levantou a possibilidade de criar uma plataforma de vacinas de RNA mensageiro, tecnologia recentemente dominada por Bio-Manguinhos, como contou a presidente da instituição em entrevista a Outra Saúde.

Trump recua de parte das demissões na Saúde

Centenas de cientistas despedidos por Trump na sexta-feira passada (10) estão sendo readmitidos no CDC, a principal instituição de vigilância sanitária dos Estados Unidos, conta o The New York Times. Segundo a apuração do jornal, a demissão dos líderes da resposta ao atual surto de sarampo no país, da comissão editorial do renomado periódico The Morbidity and Mortality Weekly Report e dos coordenadores da equipe que busca conter o vírus Ebola no Congo, entre muitos outros quadros estratégicos, teria sido um “erro administrativo”.

Ainda no sábado, eles teriam recebido e-mails “revogando” sua demissão. No entanto, a administração Trump não discute publicamente o processo. Nem todos os demitidos do CDC foram readmitidos. Todo o escritório de Washington, além das equipes de prevenção de acidentes e prevenção da violência, continuam despedidos. “Estão desmantelando a saúde pública”, definiu um cientista entrevistado pelo NYT.

Para reconstruir Gaza, contar com a ciência da Palestina

Em meio ao frágil cessar-fogo na Faixa de Gaza, crescem as expectativas com relação aos planos de reconstrução do enclave palestino. Artigo publicado na Nature chama atenção para a importância de garantir um lugar protagonista para os cientistas e pesquisadores palestinos, em especial aqueles que são oriundos da região agredida por Israel ao longo dos dois últimos anos, nesses esforços de reorganização da vida em Gaza.

A recuperação de áreas como saúde pública, meio ambiente, ensino superior e pesquisa “não terá sucesso a menos que seja liderada por especialistas do território palestino”, argumenta a autora. Seu “conhecimento local e compreensão da terra” serão decisivos para transformar um cenário em que a infraestrutura sanitária foi inutilizada, 4 a cada 5 campi de ensino superior estão destruídos e 50 mil crianças em idade escolar estão desnutridas.

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Ameaça crescente da resistência a antibióticos

No mundo, uma a cada seis infecções confirmadas em laboratório é resistente a antibióticos, alerta um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento frisa que os casos cresceram 40% em 5 anos. Acesse.

Novo medicamento para câncer de mama 

Na segunda (13), o Ministério da Saúde recebeu um primeiro lote do medicamento trastuzumabe entansina, utilizado para tratar o câncer de mama. O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer da pasta se pronunciou sobre os possíveis avanços. Saiba mais.

Seria o jornalismo de ciência enviesado?

Pesquisa publicada na revista acadêmica Journalism Practice sugere que, ao se precaver de divulgar estudos pouco confiáveis ou periódicos predatórios, os jornalistas de ciência lançam mão de práticas “mais conservadoras do que criteriosas” . Leia.

De que morrem os jovens nas Américas

Publicado na The Lancet, o relatório Global Burden of Disease chama a atenção para o aumento da mortalidade entre jovens nas Américas devido ao suicídio e causas associadas ao uso de álcool e outras drogas. Entenda.

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