Jornal Nacional: lacunas e silenciamentos

Uma análise discursiva de uma edição do telejornal da Globo sobre as taxas de juros. O “mercado” seria um sujeito com vontades próprias, assim como a economia brasileira. A TV aberta é poderosa – e luta contra a desinformação não pode se limitar às redes sociais

Foto: Reprodução/TV Globo
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Por Rosângela Ribeiro Gili

Como é sua vida após a aposentadoria? Acordo com calma, venho para a sala e leio muito, leio tudo, jornais, revistas e livros. Converso muito com os amigos, com a vizinha [risos], com os familiares, curto os netos, só não vejo é televisão. A única coisa que vejo na televisão é futebol.” (Trecho da última entrevista da economista Maria da Conceição Tavares, publicada no primeiro semestre de 2019)ii

Como são fabricadas as notícias das emissoras de televisão de sinal aberto? Por que elas passam a ideia de verdade e monopolizam o debate público? São muitas e necessárias perguntas, mas, neste texto, ficaremos apenas com as duas exemplificando com o telejornal de maior audiência no país.

Em 19 de junho último, a ediçãoiii do Jornal Nacional “pisou” na cara da sociedade brasileira ao noticiar decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), sob a presidência do Banco Central do político (e não técnico) Roberto de Oliveira Campos Neto, de manter as taxas básicas de juros em patamares altos em prol da estabilidade do mercado.

Milhões de brasileiras e brasileiros, sentados à frente da televisão, naquela noite, podem ter sido induzidos a aplaudir decisão inibidora do desenvolvimento econômico do país com reflexos diretos na geração de emprego e renda, na capacidade de crédito das pessoas e do setor produtivo, no aumento dos juros da dívida pública e no comprometimento de políticas públicas nas áreas de saúde e educação, por exemplo. Aplaude-se uma decisão vantajosa para minoria endinheirada e prejudicial para o país.

A posição do Jornal Nacional, ou da Rede Globo, já estava na abertura apresentada por um concentrado, ereto e firme William Bonner ao ler o teleprompter. Pontuando, devagar, cada palavra acompanhada de leves gestos com a mão direita na bancada, era como se Bonner quisesse dar materialidade ao dito e, de tão verdadeiro, poderia ser até tocado:

Depois de sete cortes seguidos, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter sem alteração a taxa básica de juros da economia brasileira em 10,5% ao ano. E a decisão foi unânime.

O texto evita falar em manutenção alta da taxa básica de juros, prefere a expressão “sem alteração”. E mais: a taxa básica de juros “é” da economia brasileira. Bonner se esforçará, nesses 15 segundos iniciais, na ênfase à frase final. Apesar de não ser palavra cotidiana, “unânime” exprime acordo ou concordância geral.

Para conferir veracidade, o telejornal entrevista dois especialistas, a “voz da autoridade”. O primeiro:

O economista Rodolfo Margato diz que, depois de semanas de dólar em alta, dúvidas sobre o controle das contas públicas e das críticas que o presidente Lula fez na terça-feira (18) ao presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, todos queriam saber o que o Conselho de Política Monetária tinha a dizer.

“Especialmente no que diz respeito a reforçar o compromisso com inflação na meta, de 3%, juros em patamares que sejam compatíveis com equilíbrio da economia”, diz Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos.

O segundo confirma:

O economista André Perfeito diz que o recado mais importante foi dado. “Eu acho que, nesse momento, a autoridade monetária resolveu mostrar um sentimento de unidade que vai tranquilizar o mercado e, no sentido até mais duro, talvez, de parar realmente o corte. Eles vão observar tanto o cenário externo para ver desdobramento de juros nos Estados Unidos – isso é uma das hipóteses que eles estão trabalhando – e também ver a questão fiscal no Brasil. É uma das outras questões que eles colocam no documento. Eu acho que ele foi desenhado, todo o comunicado dessa decisão é para tentar trazer um pouco mais de calma para o mercado”, opina André Perfeito.


O sujeito oculto “mercado” será mencionado seis vezes, associado a adjetivos, substantivos e verbos: nervos, tranquilizar, calma, estresse e motivador. Será relacionado, também, a decisões cautelosas, responsáveis, equilibradas e a “sentimentos de unidade”. Tudo em nome da “economia brasileira”, outro sujeito oculto. Em meio a tudo isso, ouvimos “todos queriam saber”. Quem? O Jornal Nacional oferece à audiência sujeitos ocultos, lacunas e espaços vazios.

A sociedade brasileira fica exposta ao posicionamento positivo à decisão do BC: “mercado” ficou calmo para o bom funcionamento da economia brasileira. Grosso modo, o Jornal Nacional pretende criar evidências de consenso junto à audiência sobre o fato, principalmente ao silenciar vozes contráriasiv. Estrangula-se o desenvolvimento brasileiro em nome do mercado. Mas isso não será notícia na TV Globo, ou em outras emissoras.

O tema exige vozes diferentes para falar sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. O debate público foi interditado, ou direcionado, ao excluir a diversidade de opiniãov.

Professora do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE-Unicamp), Simone Deos apresenta argumentação diferenciada sobre o fato. Não no Jornal Nacional, mas na TV Unicamp, via YouTube. A docente fala sobre impactos na distribuição de renda e na concentração de riqueza e aponta à necessidade de discutir se a taxa de juros é realmente o melhor instrumento para o controle da inflação no país, neste momento.

Até 20 de junho de 2024, o vídeovi da TV Unicamp tinha pouco mais de 148 visualizações. Impossível imaginar a voz da professora na disputa informacional em termos de circulação social na proporção, tempo e amplitude do Jornal Nacional para a criação de evidências de consenso. A audiência do telejornal alcança, em segundos, milhões diariamentevii.

Como decodificar tantas entrelinhas ideológicas em segundos e numa sucessão de matérias? Mal temos tempo para pensar no que acabamos de ver e ouvir, e notícia diferente já se apresenta. Como uma audiência tão diversificada, de Norte a Sul, no ritmo da televisão comercial monopolista, pode revelar o não-revelado?

Lacunas e silêncios

A manipulação da notícia precisa passar ideia de imparcialidade, objetividade, pluralidade e profissionalismo. Discurso institucional de todas as emissoras. Não será revelado à audiência lado e posição político-ideológica da informação.

O discurso jornalístico da mídia monopolista é feito de lacunas, espaços vazios e silenciamentos. Não se diz tudo para não explicitar a divisão e a contradição política e econômica do sistema ao senso cotidiano e, em grande medida, até à consciência especializada em várias áreas do saber.

Segundo Marilena Chauíviii, a classe dominante dissemina ideias de forma ideológica como se elas não tivessem vínculo com a questão econômica ou nascessem de forma autônoma, como se existissem desde sempre e, assim, orientam o sujeito social, a vida cotidiana, em suma, a sociedade em seu todo.

Obtém-se efeito de naturalização na ocultação da origem da notícia e na transformação das relações sociais em voluntárias entre indivíduos, e não entre sujeitos e classes sociais. E ainda como resultado da “repetição insistente, ininterrupta, hegemônica” (Guilbert, 2020, p. 9) de discursos impostos ao debate público ao longo do tempo.

Em 2000, ao comentar sobre a importância da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) para o país, o professor e geógrafo Milton Santos (1926-2001) pontuou: “A influência da AGB vem de outra época, quando ela permitia ver o Brasil. Porque ainda não havia a televisão para vê-lo” (p. 97). Ele nos faz refletir sobre a perspectiva da substituição do olhar de cada um de nós, reconhecendo-se no território e, nesse sentido, mais impregnado de realidade e possibilidade de contradiscursos, para o olhar impositivo e unilateral da “tele-visão”.

Censura silenciosa e diária

O discurso jornalístico dominante coloca opiniões diferentes e contrárias em desvantagem para garantir a produção de evidências de consenso no debate públicoix. Na maioria das vezes, cala-se a contrariedade.

Quando se mantém posição de polêmica criam-se lugares ideológicos e formas de interpretar e dizer em disputa. Na crítica, reconhece-se o lugar do outro para dizer alguma coisa a mais naquele debate.

A censura silenciosa, com ares de jornalismo profissional, exibida, diariamente, nos telejornais, bloqueia a circulação de sentidos diversos. O Jornal Nacional tem vantagem adicional: a maior audiência do país.

O Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social se dedica há mais de uma década à pesquisa sobre a concentração privada dos meios de comunicação de massa e como o fenômeno se reflete na “fabricação de consensos pouco refletidos” (2023, p. 24) no espaço público. Para existir e permanecer, o monopólio “exclui a diversidade cultural e social existente no Brasil” e, sobretudo, as “fontes populares que possam interpretar os diversos acontecimentos a partir das consequências enfrentadas e das suas próprias vivências” (Ibidem, p. 24) e nos entrega a notícia em tom monocórdio.

A democratização dos meios de comunicação permite sociedade mais autônoma para pensar e formar opinião verdadeira sobre a sua vida, ou seja, próxima da realidade onde reside, trabalha, estuda, se diverte etc.

Circulação social ampla

A possibilidade de manipulação se ampara na circulação social. A mídia de massa, notadamente a televisiva, na sua proporção e amplitude, tem condições de produzir evidências (aquilo que não dá margem à dúvida) de consenso a favor ou contra determinado fato.

Sindicatos, mídias alternativas ou movimentos sociais e populares não têm mesmo poder de fazer circular, na sociedade, sua versão sobre política econômica, votações no Congresso Nacional prejudiciais à sociedade e ao meio ambiente, muito menos sobre a decisão recente do Banco Central em manter os juros artificialmente altosx.

A circulação do discurso jornalístico do sindicato ou da mídia alternativa – Instituto Conhecimento Liberta (ICL), Brasil de Fato, TV dos Trabalhadores (TVT) e tantos outros – é incomparável à audiência nacional e imediata que alcança a televisão, baseada no modelo comercial implantado nos Estados Unidos na segunda metade do século XXxi.

A comunicação precisa ser vista para além do modelo de negócio dos veículos de massa – televisão, rádio etc. Formato impositivo de “barreira à entrada” para mídias alternativas sem poder político e econômico igual ao dos conglomerados. Primeiro, por ser difícil conseguir ou rever uma concessãoxii, prerrogativa em poder do Congresso Nacional, dominado por parlamentares herdeiros ou donos de concessões públicas de radiodifusãoxiii. Segundo, pelos recursos estratosféricos necessários à aquisição de aparelhagens modernas, montagem de equipes profissionais, estrutura física da emissora etc.

O debate precisa ser inserido na perspectiva da democratização da comunicação, “como um direito humano” e “o coração de todas as relações sociais” (Intervozes, 2023, p. 15).

Ativismo político desde sempre

A história é farta de exemplos da interferência da mídia televisiva na cena cotidiana nacional.

História recente, vê-se o ativismo político da TV Globo, por meio do telejornal de maior audiência em território nacional, na divulgação dos atos da Operação Lava Jatoxiv do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol. As consequências da hegemonia discursiva do telejornalismo a favor da operação foram graves contra a institucionalidade brasileira. Os efeitos foram muitos e significaram rupturas dramáticas, culminando com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2016, e o encarceramento ilegal de Lula, em 2018, por 580 diasxv. Os reflexos econômicos e políticos do lavajatismo são sentidos até os dias de hoje.

A ficha corrida do ativismo político do Jornal Nacional, infelizmente, é extensa. Ele pode ser verificado em 15 de dezembro de 1989, dias antes do segundo turno das eleições diretas, a primeira depois do período dos anos de chumbo da ditatura militar de 1964. Naquela noite, o telejornal levou ao ar uma edição do debate entre os então candidatos Fernando Collor de Mello (PRN) e Lula (PT), à Presidência do Brasil. Em três minutos e 34 segundos (Amorim, 2015), sob as ordens diretas de Roberto Marinho, ofereceu-se à audiência brasileira – naquele momento eleitores e eleitoras – “notícia” reunindo os piores momentos de Lula e os melhores de Collor no debate ocorrido no dia anterior (14).

Segundo os pesquisadores Lucas Novaes, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), e Alexsandros Cavgias (Universidade Ghent, Bélgica):

O eleitor exposto à edição feita pela TV Globo do último debate presidencial de 1989 inclinou-se a votar mais em Fernando Collor de Mello, então candidato do PRN, do que em seu adversário do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. O efeito foi mais forte em localidades que não tinham acesso ao sinal de nenhuma outra emissora concorrente (Quem viu debate editado em 1989 votou mais em Fernando Collor, 21/06/2023).xvi


Como revela Amorim, a edição de 15 de dezembro de 1989, presente “em manuais do mundo inteiro que tratam de ‘televisão e manipulação de eleição’” (2015, p. 301), alcançou 61 pontos no Ibope.

Monopólio do discurso

Em 1993, o sociólogo e jornalista Ciro Marcondes Filho (1948-2020) iniciava “Jornalismo: fin-de-siècle”, vaticinando o domínio pleno do verbo e o império das palavras por estarmos “[…] envolvidos por toda sorte de discursos e de falas” (p. 15) em diversas dimensões, da publicidade, política, negócios, ao jornalismo e muito mais, na vida cotidiana.

Para ele, a televisão – veículo condutor de mensagens sociais (Marcondes Filho, 1988) – tem papel quase absoluto na cena narrativa dominante, constituindo-se em máquina instituidora do “grande discurso da irrealidade, que, por sua vez, é o único discurso social” (1993, p. 35).

Hoje, o meio eletrônico tem pares tão poderosos em matéria de proliferação de discursos sobre a realidade. Contudo, a supremacia televisiva segue sem abalo em razão da ascensão dos meios online.

Dados do módulo Tecnologia da Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua TIC), de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmam forte presença da radiodifusão (televisão e rádio) nos domicílios, apesar do crescimento de outros formatos comunicacionais, como os possibilitados pela internet. Os números indicaram aumento de lares com aparelho de televisão, chegando a 71,5 milhões em todo o país, e indicam o tipo de serviço consumido por 95,3% dos lares com televisão: TV aberta (93,1%), TV por assinatura (41,5%) e plataformas de streaming de vídeo (43,4%).xvii

Os números mostram a importância do diálogo sobre a circulação de (tele)notícias no Brasil e da compreensão de não estarmos “presos” apenas ao fenômeno das fake news alavancado pelas big techsxviii– grandes empresas de tecnologia e inovação cuja dominância no mercado econômico é imensa. Há muito tempo, somos reféns das notícias do mainstream dos monopólios de comunicação em flerte com a meia verdade, a não-verdade e a desinformação.

Atentos e fortes

Gal Gosta, em “Divino, maravilhoso”, cantou vigorosamente “é preciso estar atento e forte”. Completo: sempre e também no consumo das notícias para revelar ou descobrir o encoberto. A luta de classes nunca será televisionada pela farsa da notícia-sem-lado.

O exercício de desconstrução envolve compreender cada palavra, entonação oral e gestos corporais e faciais de âncoras, apresentadores e repórteres dos telejornais, recursos infográficos e/ou imagens, ambientação da notícia, definição da pauta e dos entrevistados etc. Ao contrário do que se tenta passar, nada é natural.

A telenotícia não “nasce” como um fruto em árvore, mas como um produto. As ferramentas e os instrumentos estão mantidos longe dos nossos olhos para permanecerem invisíveis e garantirem o efeito de naturalização – ela é porque é.

A fabricação da notícia leva em consideração interesses do dono da emissora de televisão e como ele (o dono) se situa nas disputas políticas e econômicas daquela sociedade. Mas a eficácia do discurso, a ser passado a grandes audiências, depende de técnica e muito profissionalismo.

A notícia passará por diversos crivos e filtros: definição do fato a ser exibido, de como (o fato) será apresentado, se de forma positiva ou negativa, e das fontes com voz. Importante refletir sobre a voz silenciada naquela matéria, entrevista ou reportagem.

O saudoso Vito Giannottixix era incansável em bradar: “Todas as notícias têm lado, porra!” Nas palavras de Vito:

Eu prefiro falar de ideologia dominante ao invés de opinião pública. Podemos falar de opinião dominante, ou seja, a opinião da maioria. Esta não nasce do nada. Ela é criada pelos fatos. E quem é que define o que é ou não um fato? O que é uma notícia que merece ser levada ao conhecimento do público? Aí já começa a formação de opinião. E quem relata o fato é a mídia: rádios, TVs, jornais, revistas e, hoje a internet. E essa mídia não é neutra. Ela tem um lado: o lado da classe dominante.xx

A questão é desvendar a faceta midiática para o grande público. As inquietações, ora apresentadas, se fazem na esteira de pesquisa sobre discurso neoliberal do Jornal Nacional em relação à reforma trabalhista brasileira de 2017. Por força do estudo, “estou” audiência do Jornal Nacional e de outros programas da emissora de sinal aberto.

Nessa intimidade televisiva com a Vênus platinada, são percebidos movimentos merecedores de reflexão. A presença e aparição de editores e repórteres nos espaços de entretenimento da emissora, como programas de auditório, é um deles: quem está assistindo ao quadro “Dança dos Famosos” receberá, como “brinde”, o discurso elogioso sobre o jornalismo profissional, ético e imparcial feito pela emissora. Espécie de reforço à naturalização da narrativa jornalística da casa a partir da humanização de quem faz e apresenta a notícia.

A roda-viva não para. A TV Globo já colocou, em campo, seu discurso para as eleições municipais do segundo semestre deste ano. Vídeo institucional apresenta repórteres de diversas regiões jogralizando o compromisso da emissora com cidadania, responsabilidade e democracia.xxi

Desconstruir o discurso jornalístico dos conglomerados de comunicação, no Brasil, significa saúde mental, convívio social parametrizado pelo lastro civilizatório e democrático e entendimentos políticos e econômicos mais confiáveis. O mesmo se aplica às mensagens em plataformas, aplicativos e redes sociais.

Nossos corações e mentes nunca foram tão disputados como nos tempos atuais pelos tradicionais e recentes meios de veiculação de discursos.


Notas

i Jornalista.

ii Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2024/06/10/maria-da-conceicao-tavares-o-neoliberalismo-apodreceu-a-opiniao-publica-entrevista-margem-esquerda/. Acesso em:10 jun. 2024.

iii Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/06/19/em-decisao-unanime-copom-mantem-taxa-basica-de-juros-em-105percent-ao-ano.ghtml. Acesso em: 21 jun. 2024.

iv KONCHINSKI, Vinicius. Queda da Selic só deve vir a partir de 2025, após a saída de Campos Neto.Brasil de Fato, São Paulo, 20 jun. 2024. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2024/06/20/queda-da-selic-so-deve-vir-a-partir-de-2025-apos-a-saida-de-campos-neto. Acesso em: 21 jun. 2024.

v Políticos e entidades criticam manutenção de juros básicos. Agência Brasil, Brasília, 19 jun. 2024. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-06/politicos-e-entidades-criticam-manutencao-de-juros-basicos#:~:text=A%20estabiliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Selic%20gera,diminuam%20seu%20ritmo%20de%20consumo. Acesso em: 21 jun. 2024.

vi Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V1gcCrXeusI. Acesso em: 21 jun. 2024.

vii Kantar Ibope Media. Audiência de TV PNT TOP 10 – 10/06 a 16/06/24. Disponível em: https://kantaribopemedia.com/conteudo/dados-rankings/audiencia-de-tv-pnt-top-10-10-06-a-16-06-24/. Acesso em: 21 jun. 2024.

viii Informação verbal da professora Marilena Chauí no curso online “O que é ideologia”, organizado pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), realizado em 08 abr. 2022.

ix As reflexões sobre o silenciamento com a negação do espaço de crítica, a criação de evidências de consenso e a circulação social ampla dos meios de comunicação de massa, como a televisão, são elaboradas a partir de diálogo online com a professora Mónica Zoppi, do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (IEL-Unicamp), em 10 out. 2023. Meu agradecimento sincero à professora pela paciência em entender as minhas indagações e dúvidas sobre a Análise do Discurso.

x ICL protocola no Banco Central pedido de informações sobre Relatório Focus. ICL Notícias, São Paulo, 04 jun. 2024. Disponível em: https://iclnoticias.com.br/icl-banco-central-relatorio-focus/. Acesso em: 21 jun. 2024.

xi “Também no século XX, como parte de um processo mais amplo de industrialização, o mercado de comunicação se desenvolve no Brasil a partir do surgimento dos meios eletrônicos de massa (rádio e televisão). A importância do modelo estadunidense de concessões – centrado no controle privado do serviço público – acabou por estabelecer os players desse novo e lucrativo negócio: na maior parte, homens brancos proprietários de terras e envolvidos na vida pública do país.” Quem controla a mídia? Dos velhos oligopólios aos monopólios digitais. São Paulo: Veneta; Coletivo Intervozes, 2023, p. 278.

xii “Antes da Constituição de 1988, a outorga para a exploração do serviço de rádio e TV era feita a partir da vontade exclusiva do Executivo Federal. A partir da aprovação da nova Constituição, a posterior aprovação do Congresso Nacional passou a ser necessária para validar o ato do Executivo, procedimento que em tese deveria trazer maior transparência ao processo. Até 1995, entretanto, a indicação do Executivo ao Congresso Nacional daqueles que deveriam ser os concessionários permanecia sem critérios transparentes. Esse procedimento só foi rompido com o Decreto 1.720/95, que estabeleceu a necessidade de licitação para a outorga das concessões e permissões. Na prática, contudo, o maior peso no processo concorrencial tem sido dado à proposta econômica em detrimento dos preceitos constitucionais de acesso à informação, cultura e educação, por exemplo.” Resumo Executivo. Coletivo Intervozes | Coletivo Brasil de Comunicação Social. Disponível em: https://intervozes.org.br/arquivos/interdoc002piarcfb.pdf. Acesso em: 21 jun. 2024.

xiii Levantamento do Intervozes revela quem são os políticos donos da mídia nas Eleições 2022. Disponível em: https://intervozes.org.br/levantamento-do-intervozes-revela-quem-sao-os-politicos-donos-da-midia-nas-eleicoes-2022/. Acesso em: 21 jun. 2024.

xiv A mídia The Intercept revelou ao mundo o que foi a operação na série “Vaza Jato”. Disponível em: https://www.intercept.com.br/series/mensagens-lava-jato/. Acesso em: 21 jun. 2024.

xv SCHUQUEL, Thayná. Quatro anos após prisão,Lula acumula vitórias na justiça; relembre. Brasil de Fato, São Paulo, 07 abr. 2022. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2022/04/07/quatro-anos-apos-prisao-lula-acumula-vitorias-na-justica-relembre. Acesso em: 21 jun. 2024.

xvi Disponível em: https://www.insper.edu.br/conhecimento/historia-economica/quem-viu-debate-editado-em-1989-votou-mais-em-fernando-collor/. Acesso em: 13 jun. 2024.

xvii BRASIL. Ministério das Comunicações. Internet chega a 87,2% dos brasileiros com mais de 10 anos em 2022, revela IBGE. Disponível em: https://www.gov.br/mcom/pt-br/noticias/2023/novembro/internet-chega-a-87-2-dos-brasileiros-com-mais-de-10-anos-em-2022-revela-ibge. Acesso em: 31 mai. 2024.

xviii “Eis o pomo principal: a tão necessária conquista política e cultural da libertação dos signos (notícias, imagens, informações etc.) do cativeiro industrial-monopolista de massa e a transição comercial deles para o universo pós-industrial e algoritmizado de cabeças e mãos comuns culminaram numa exuberante produção simbólica coletiva tecnocraticamente enquadrada pela ideologia transnacional e hegemônica de modelos de negócios bilionários, propostos e gerenciados no ciberespaço pelas chamadas Big Techs (a maioria sediada ainda no Vale do Silício, na costa oeste dos Estados Unidos).” TRIVINHO, Eugênio Rondini. Infonegócios endofascistas:razões políticas e sociais para a regulamentação das plataformas digitais no Brasil. Revista Eco Pós, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, 2024. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28196/15463. Acesso em: 12 jun. 2024.

xix VITO GIANNOTTI: o homem que virou semente. Disponível em: https://vitogiannotti.org.br/?page_id=392. Acesso em: 21 jun. 2024.

xx VITO GIANNOTTI: Por onde anda a verdade?!. Sindicato Químicos Unificados, São Paulo, 21 ago. 2012. Disponível em: https://quimicosunificados.com.br/entrevistas/vito-gianotti-por-onde-anda-a-verdade/. Acesso em: 21 jun. 2024.

xxi Disponível em: https://www.instagram.com/p/C8xFmG2RFQk/?hl=pt-br. Acesso em: 28 jun. 2024.


Referências bibliográficas

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SANTOS, Milton. Território e sociedade: entrevista com Milton Santos. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.

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