Mapa para livrar o Brasil do Agronegócio

Em contraponto ao modelo agrícola hegemônico, Agroecologia ganha corpo e repercussão. Um primeiro esforço de mapeá-la mostra: há imenso potencial, e interesse do governo. Mas faltam políticas públicas capazes de puxar uma virada

Foto: Agroviver/Reprodução
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Na próxima quarta-feria (16/10), celebra-se o Dia Mundial da Agricultura e Soberania Alimentar. Outras Palavras publicará, ao longo da semana, textos que propõem, como alternativa à captura da terra pelos rentistas, um novo modelo agrícola, baseado na redistribuição da propriedade fundiária, na produção de alimentos e em tecnologias que dispensem o envenenamento da comida.

O Brasil enfrenta uma das mais severas secas de sua história. No final de setembro de 2024, 58% do território nacional estava em situação de seca, e dentro dessa área, uma parcela significativa sofre com uma escassez hídrica severa. Esta é considerada a maior seca em 73 anos no Pantanal, e a mais grave em 40 anos na Amazônia. Além de prejudicar a biodiversidade, a crise hídrica afeta drasticamente o equilíbrio dos ecossistemas e amplia o risco de incêndios florestais, agravando ainda mais a vulnerabilidade ambiental do país.

Os impactos cada vez mais intensos e devastadores de eventos climáticos extremos, têm evidenciado a urgência de práticas que não só aumentem a resiliência dos ecossistemas, mas que também promovam uma adaptação a longo prazo, tanto ambiental quanto social, nas regiões afetadas. Nesse cenário, fica cada vez mais evidente a conexão entre as práticas do agronegócio e a intensificação dos eventos climáticos extremos, especialmente considerando os impactos deste setor sobre o desmatamento, as alterações no uso do solo para a expansão da fronteira agrícola, o emprego de hidrocarbonetos na síntese de fertilizantes, e a contaminação ambiental gerada pela aplicação indiscriminada de agrotóxicos e pelo acúmulo de resíduos derivados desses processos.

A expansão agrícola intensiva, especialmente nas áreas de monocultura de soja e milho, está ligada ao desmatamento, à degradação dos solos e à redução da vegetação nativa, que são barreiras naturais contra enchentes, intensificando a vulnerabilidade do território a chuvas intensas, levando ao escoamento excessivo de água e ao aumento das inundações.

As queimadas de florestas e áreas de pastagem, além de serem crimes ambientais, são alimentadas por longas estiagens. Em setembro de 2024, o Brasil registrou 7.322 focos de incêndio, representando 71,9% das queimadas na América do Sul. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que, ao longo do ano, o país contabilizou mais de 80 mil focos de queimadas, um aumento de 30% em relação à média histórica.

A expansão das fronteiras agrícolas, que destrói biomas como a Amazônia, Cerrado e Pantanal, é um dos principais fatores que agravam a crise. A falta de controle ambiental e práticas criminosas de alguns setores do agronegócio intensificam a devastação, e se beneficiam da devastação de terras para a criação de pastagens e cultivo de monoculturas. As queimadas, agora mais frequentes e intensas, têm provocado crises ambientais e de saúde pública, com impactos diretos no regime de chuvas.

O governo federal reconhece a necessidade de recursos não apenas para mitigar desastres já em curso, mas também para prevenir eventos futuros. Há um apelo por uma gestão de risco mais eficaz, que inclua a preparação para desastres relacionados às mudanças climáticas.

A ministra Marina da Silva destacou que, atualmente, existem 1.942 municípios vulneráveis a essas mudanças, de acordo com dados históricos. Portanto, além de lidar com as emergências em curso, é essencial investir em políticas públicas de prevenção e adaptação de médio e longo prazo como parte de um esforço contínuo para mitigar os impactos futuros das crises ambientais.

Entre os grupos mais vulneráveis às mudanças climáticas estão as (os) agricultoras(es) familiares, povos e comunidades tradicionais. Ao mesmo tempo, são esses mesmos grupos que têm demonstrado maior capacidade de adaptação, implementando práticas herdadas de seus antepassados e desenvolvidas em diálogo com outras famílias, técnicos e pesquisadores a partir de uma abordagem agroecológica. Neste contexto, a agroecologia se destaca como uma abordagem transformadora, capaz de enfrentar a insegurança alimentar e as mudanças climáticas.

Em resposta a esses desafios, redes de base e instituições de desenvolvimento têm promovido e sustentado a agroecologia como um modelo viável para enfrentar a crise gerada pelo modelo agrícola industrializado, ao mesmo tempo em que respeitam a heterogeneidade socioecológica das regiões. Em busca de inspiração nessas experiências, e buscando traçar um panorama da agroecologia no estado do Rio de Janeiro, a Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ) realizou, entre julho e outubro de 2023, um mapeamento de experiências por meio da plataforma Agroecologia em Rede. O objetivo foi identificar e qualificar as estratégias adotadas por agricultoras(es), movimentos sociais, pesquisadoras(es) e redes em todas as regiões do estado do Rio de Janeiro. Foram mapeadas 260 experiências, agrupadas em algumas categorias: “produção de alimentos” (180 experiências), Em seguida, a categoria “comércio, feiras e outras formas de venda de produtos”, (124 experiências). Destacam-se também o “beneficiamento” (81 experiências) e as iniciativas relacionadas à “construção do conhecimento” (77 experiências).

O mapeamento revelou estratégias inovadoras desenvolvidas em um período marcado pela crise de insegurança alimentar, agravada pela pandemia e pelo desmonte de políticas públicas federais voltadas à Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Dentre as iniciativas, 42 foram dedicadas ao acesso a alimentos, como a distribuição de marmitas e cestas, cozinhas comunitárias, merenda escolar e produção em hortas para autoconsumo. As experiências evidenciaram a adaptação de algumas experiências ao contexto sanitário, com o uso de novas tecnologias de vendas digitais para comercializar cestas de alimentos agroecológicos.

É importante destacar a retomada das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional no governo Lula desde 2023. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fome Zero revelou que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome entre 2022 e 2023. O governo lançou iniciativas como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que tem como objetivo mobilizar recursos globais para combater a fome, e o Programa de Cozinhas Solidárias, que busca apoiar a oferta de refeições em comunidades vulneráveis, promovendo cursos de capacitação e abastecendo essas cozinhas com alimentos adquiridos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Além disso, o Programa Cesta Básica Saudável visa incentivar o consumo de alimentos in natura e saudáveis. No entanto, essas iniciativas não abordam adequadamente a necessidade de enfrentar as mudanças climáticas, que representam um dos principais desafios enfrentados pelos agricultores, e não reconhecem o valor da agroecologia na abordagem conjunta do combate à fome e às mudanças climáticas.

As experiências mapeadas pela AARJ destacam as mudanças climáticas como um dos principais desafios enfrentados pelas comunidades, evidenciando o desenvolvimento de práticas locais para mitigar seus impactos. Entre essas práticas, a implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) se destaca como uma estratégia eficaz. A diversificação de culturas e a promoção da biodiversidade nos sistemas agroecológicos aumentam a resiliência dos agroecossistemas a eventos climáticos adversos, como secas, inundações e variações extremas de temperatura. Uma maior biodiversidade contribui para a criação de ecossistemas mais equilibrados, que são menos vulneráveis a pragas e doenças, além de facilitar a adaptação a condições climáticas variáveis.

Além disso, diversas tecnologias sociais, como sistemas de captação de água e métodos de redução de resíduos, foram mencionadas como ferramentas cruciais para enfrentar esses desafios. A agroecologia também valoriza o conhecimento tradicional e as práticas locais, oferecendo soluções adaptadas ao contexto específico de cada comunidade. Essa abordagem fortalece a autonomia dos pequenos agricultores e promove justiça social ao fornecer alternativas sustentáveis e economicamente viáveis, especialmente em regiões onde o agronegócio tem contribuído para a degradação ambiental e o deslocamento de comunidades rurais.

É fundamental evidenciar essas estratégias como parte do combate à fome e às mudanças climáticas. Essas experiências demonstram que a agroecologia é um caminho promissor para incentivar a valorização de sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.

As principais escalas de abrangência das experiências mapeadas são de âmbito municipal e intermunicipal, evidenciando a predominância de uma diversidade de iniciativas “locais” que se conectam com o território. Essa diversidade ressalta a riqueza das práticas agroecológicas, que podem estabelecer vínculos para além de seus municípios, através da participação em redes e articulações regionais. No entanto, as dificuldades e demandas identificadas nesse mapeamento ressaltam a urgência de projetos e políticas públicas que integrem a construção de conhecimento—como assessoria técnica, capacitação e suporte à gestão—com o atendimento às necessidades materiais dessas iniciativas. Também indicam que é fundamental garantir o acesso a insumos essenciais, equipamentos e tecnologias sociais, além de oferecer suporte logístico para a comercialização dos produtos agrícolas. Um exemplo concreto dessa dinâmica é a agricultura urbana, que enfrenta desafios específicos, como a dificuldade de acesso a insumos básicos, como sementes, e os entraves para obter financiamento público e acesso à terra em áreas urbanas. Embora a promulgação da Lei Nº 14.935, que institui a Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, tenha sido um passo positivo em julho deste ano, sua implementação ainda enfrenta desafios significativos. A integração da agricultura urbana ao planejamento urbano tem sido insuficiente, resultando em conflitos com o uso do solo e na falta de espaço adequado para o cultivo.

O mapeamento tem promovido um processo de reflexão e articulação, contribuindo para a construção da carta política elaborada pela AARJ, que foi apresentada às candidatas e candidatos nas eleições municipais. Como resultado dos diálogos com candidaturas, movimentos sociais e a sociedade civil, foi firmado um compromisso com o fortalecimento dos sujeitos e práticas agroecológicas no Estado do Rio de Janeiro, coletando 72 assinaturas de candidatos em 26 municípios, sendo 13 para a prefeitura e 59 para a vereança.

No contexto federal, em 13 de setembro, organizações e movimentos sociais ligados à agroecologia enviaram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, repudiando o veto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ao Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara). Essa decisão inviabilizou o avanço do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), cujo lançamento já foi adiado quatro vezes. O documento foi divulgado por integrantes da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo), que demandam uma posição clara do Governo Federal sobre a redução de agrotóxicos e a implementação do plano.

Na carta, os movimentos ressaltam a urgência de fortalecer políticas públicas voltadas à agroecologia, visando à proteção da saúde das famílias brasileiras e da biodiversidade. A reunião ocorrida no dia 17 de setembro entre Lula, ministros e representantes dos outros Poderes discutiu a temática, evidenciando a crescente pressão social em torno do assunto. Em um vídeo divulgado, o presidente expressou abertura ao diálogo para encontrar soluções que possam alterar o atual cenário, embora tenha destacado a forte pressão exercida por empresários do setor de agrotóxicos no Congresso. A mobilização continua a ganhar força, com o movimento agroecológico buscando ampliar a conscientização da sociedade sobre a importância do Pronara.

A agroecologia deve ser reconhecida como uma estratégia fundamental no combate às mudanças climáticas, ressaltando os esforços das redes e movimentos para mapear e compreender experiências de inovação social que representam tanto estratégias de resiliência quanto de combate à fome. Esse enfoque é particularmente relevante no contexto da COP 30, onde serão debatidos as falhas que contribuíram para a crise atual e o papel do Brasil na diplomacia ambiental, incluindo a promessa do governo de criar uma autoridade climática.

É politicamente crucial reunir e analisar as contribuições da agroecologia para que ela seja reconhecida como parte essencial de um plano de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Essa análise pode orientar os tomadores de decisão a adotarem políticas mais eficazes, enfrentando os desafios climáticos e garantindo a sustentabilidade dos sistemas alimentares no país.

Acesse o relatório do mapeamento.


O Mutirão Solidário CEDAC (Centro de Ação Comunitária) é uma experiência de garantia de acesso a alimentos e enfrentamento à fome, por meio da distribuição de marmitas e cestas. Iniciado em 2020, é conduzido por uma organização dedicada à Educação Popular. A gestão dessa iniciativa é coletiva e comunitária, liderada principalmente por mulheres. Uma ampla gama de atores está envolvida, desde agricultores familiares e camponeses até agricultores urbanos, assentados de reforma agrária, educadores, estudantes, profissionais de saúde e membros de povos e comunidades tradicionais.

A Experiência Ile Axé Oba Labi, um ponto de cultura, e também uma experiência de saúde, começou em 2023, na cidade do Rio de Janeiro (região Metropolitana). O Quintal das Pedrinhas Miudinhas representa um resgate das práticas ancestrais de conexão com a natureza, dedicado à preservação e proteção das plantas tradicionais de matriz africana. A produção para o consumo livre de agrotóxicos é também uma prática essencial. Além de ser um espaço de cultivo e preservação, o local é um centro de atividades socioeducativas e culturais, no qual são promovidos eventos e encontros. Faz parte do Arranjo Local de Guaratiba, do GT de Combate do Racismo Ambiental da Frente Parlamentar Ambientalista do Rio de Janeiro e tem parceria com o Projeto Ará (Fiocruz Mata Atlântica).

A jornada do Sítio Vinhático, localizado em Bananeiras, município de Silva Jardim (regional Serramar), teve início em 2020, com a aquisição de uma propriedade por três mulheres. Atualmente são quatro mulheres, e juntas elas formam um coletivo que promove a agroecologia na região, revitalizando áreas anteriormente desmatadas com sistemas agroflorestais (SAFs) e pequenas plantações. Essa experiência coletiva e comunitária é conduzida principalmente por mulheres brancas, no meio rural, com alcance municipal. Integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Sítio Vinhático tem como espaço de beneficiamento uma cozinha caseira, onde os produtos são preparados e embalados com rótulos e marca específica.

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11 comentários para "Mapa para livrar o Brasil do Agronegócio"

  1. Petter Zanotti disse:

    Em ‘outras palavras’ o texto em questão não passa de um panfleto militante da atual gestão federal tentando propor como única solução a agroecologia sem sequer abordar do que ela se trata!
    A estratégia de imputar ao agronegócio a causa dos eventos de seca severa vivenciados este ano e que culminaram nos índices alarmantes de incêndios é completamente descolada da ciência meteorológica, e só mostra o caráter militante do texto que é um desserviço à sociedade na medida que fomenta a divisão de um segmento que tem sido a base de sustentação de nossa economia.
    Não se teceu um único comentário sobre o crescimento do uso de bioinsumos no Brasil colocando o país como o principal fomentador mundial da adoção dessa prática sustentável, que tem gerado não só um ambiente de produção mais sustentável, como também poupado bilhões de reais com a aquisição de fontes sintéticas, contribuindo assim para uma menor dependência da importação de insumos, assim como atuando de forma direta na mitigação dos GEE pela menor demanda de fertilizantes químicos.
    Outro fato convenientemente ignorado pela matéria é a adoção do plantio direto na maior parte do território nacional que resulta num maior sequestro de carbono e menor degradação do solo, se distinguindo como uma das principais práticas sustentáveis da agricultura mundial.

  2. MARIANA DE ARAGÃO PEREIRA disse:

    A agroecologia é importante para o contexto da agricultura de pequena escala, familiar. O que é desnecessário e contraproducente é demonizar o agronegócio para colocar a agroecologia como solução única. Chega a ser contraditório ao próprio discurso de ser diverso. Há modelos sustentáveis de produção em larga escala, como a Embrapa, as universidades e outras instituições seria de pesquisa têm demonstrado. Um exemplo são os sistemas de integração lavoura pecuária floresta. Temos que acabar com a polarização e passar a integrar esforços para garantir a segurança alimentar e o fim da fome, no Brasil e no mundo.

  3. Luiz Alberto disse:

    O artigo tem boa redacao, mas falta com a verdade em atribuir a crise climatica ao agronegocio, quando na verdade, por falta de recursos financeiros, os pequenos produtores se utilizam de queimadas para limpeza de suas areas de plantio. É técnicas tradicional de ribeirinhos a coivara para fertilizar com as cinzas das queimadas suas roças de subsistência. Se saisse do óbvio militante talvez pudesse escrever alguma coisa de menos ideológica e mais condizente com a verdade dos fatos.

  4. Alessandro disse:

    Incapaz de gerar alimentos para milhões de pessoas…reportagem planetária for do prumo….🥴🙆🤦

  5. Paulo Luis Heinzmann disse:

    Incrível como a ideologia cega as pessoas, e as deixa sem noção do que o Agro realmente faz, e da maneira que faz, para alimentar o mundo, sem essa culpa de não cuidar do meio ambiente, como insistem em carimbar na sua paleta!!

    Agroecologia tem seu nicho, mas falta séculos de preparo para produzir em quantidade suficiente, e baixo custo, como faz a agricultura tradicional!!

    Avante agro brasileiro, um exemplo de producao sustentavel, ao mundo todo!!

  6. Francimar Mamed disse:

    Difícil ver num único artigo tanta ausência de relação causal e tão significativo amontoado de falácias de composição. Preguiça até de comentar tanta asneira.

  7. Maxwel disse:

    É triste ler um texto repleto de ideologia de esquerda com uma falta absurda de conhecimento sobre o tema .

  8. Edcarlos Santos disse:

    Acabar com o Agro? e comer o quê? Bosta? deve ser o que vcs tem na cabeça né? O Agro gera riqueza, emprego e divisas para o país.

  9. Maurício Cardoso disse:

    Artigo enviesado e descolado da realidade. Utopias comunistas impraticaveis. Muita maconha e pouca prática. Mania de justificar inação com falta de políticas públicas. O agro brasileiro sustenta o mundo de forma mais sustentável possível. Vai lá aprender a preservar com quem verdadeiramente produz.

  10. GGO disse:

    É simplesmente impossível ler um texto de vcs.
    QUANTA IGNORÂNCIA!
    Gente idiotas, desinformadas das realidades humanas.
    Agora, vamos atacar os produtores de alimentos.
    Melhor seria se plantassem árvores em tudo e vocês fossem comer as cascas.
    Vão distribuir comidas para esse bando de preguiçosos que ficam esperando alguém produzir e dar a eles. Como se tivessem direito a ficarem moscando enquanto outros trabalham.
    Vocês acham que existe comida no mundo por quê?
    Vocês acham que alguns pés de couve com algumas cebolinha no meio do mato alimentam alguma humanidade?
    Vocês são ridículos.

  11. Valmir Barbosa disse:

    O artigo fala em “setores do agronegócio”, então não é o agronegócio, como diz a manchete.
    Portanto, é bom dar outro nome para esses setores.
    A agriciltura, precisa alimentar as familias de agricultores e as não agricultores. Só consegue isto se for remunerada para isto. Neste ponto vira negócio, como qualquer outro.
    Se tem dentro dele uma parte ruim, você tem que dar outro nome ou um adjetivo.
    Eu sou ecólogo, sou agronomo e adoto boas práticas. E vejo que a agroecologia, infelizmente, ainda não tem tecnologia para a produção de alimentos suficiente para as famílias.
    E o seu conceito de monocultura está equivocado.

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