Cooperativismo de plataforma exige envolver trabalhadores na produção de conhecimento e redemocratizar a internet. A chave: organização, pressão sobre o Estado e relações internacionais solidárias. Considerações sobre as lacunas do novo livro de Trebor Scholz
Ao expor realidades sociais ocultas, nova tecnologia pode ser ferramenta excelente para políticas públicas. Mas sua incapacidade de lidar com o singular e o emergente pode produzir normalização indesejável. Há formas participativas de evitá-lo
Dilemas da Inteligência Artificial exigem regulação firme do Estado, mas não só. É preciso educar as sociedades para evitar a captura de inovações pelas Big Techs. Riscos não são “robôs exterminadores”, mas a lenta implosão da democracia
Israel planeja tornar-se fornecedor líder de sistemas algorítmicos militares. Testar tecnologia em combate é essencial para alavancar vendas. Por isso, até os comandantes militares de Tel-Aviv admitem: “ênfase está nos danos, não na precisão”
É impossível impedir a expansão tecnológica e o aumento da produtividade. Mas não é impossível lutar pelos sentidos de sua chegada. Um deles é o mais importante: garantir que o ganhos alcançados sejam partilhados pelos trabalhadores e maiorias
Avança, na OMC, acordo que sujeita Estados e sociedades aos algoritmos das Big Techs e ao “livre” comércio de dados. Nova ameaça colonialista reduz países do Sul a produtores de matérias primas, num setor central para a economia do século XXI
Estudo evidencia, pela primeira vez, nova forma de invasão de privacidade. Aparelhos domésticos “inteligentes” conectam-se uns aos outros e enviam informações sensíveis sobre as famílias ao Google. Depois, a publicidade faz a festa
Grandes gravadoras foram engolidas por corporações. Elas controlam acervos musicais brasileiros e impõe o que ver e ouvir, a partir de lógicas do mercado. Estado precisa criar alternativa: patrimônio cultural não ser tutelado pelas Big Techs
Inteligência artificial, deep fakes e redes de desinformação podem desfigurar o pleito. Regulamentação proposta pelo TSE é frouxa. Tecnologias que ajudariam a revolucionar a democracia estão prestes a devastar o espaço público
Os mitos estão caindo: modelos de linguagem tipo ChatGPT não se aproximam da inteligência – mas interessa às Big Techs fingir que sim. Por trás desta intenção, há um projeto colonizador e um viés desumanizador que tenta modelar os usuários