Livro recém-lançado Jeferson Tenório retrata o duro cotidiano de jovens na universidade, diante de uma sociedade governada pela tirania do mérito. E, entre indignação e resiliência, cutuca as instituições de ensino: “Ninguém tinha me educado para o insucesso”
Megalópolis conecta a história de dois impérios (Roma Antiga e EUA de hoje) que desmoronam por sua ambição desmedida. Do ultradireita à brutalidade de césares-gângsteres, é um deslumbrante delírio – carregado de referências estéticas – de um grande cineasta
Que Bom te Ver Viva (1989) aborda o regime a partir dos relatos das mulheres sobreviventes, inclusive a ainda silenciada tortura sexual. As falas em nenhum momento são combativas. Porém, o filme performa toda a revolta guardada
Radical Records, que será lançado em breve, é uma enciclopédia sobre selos e gravadoras independentes, entrelaçando revoluções… políticas e musicais. Do rock ao noise, jazz e samba, reflete sobre consumo e cultura, dos vinis aos atuais monopólios de streaming
A obra kafkiana poderia ser lida a partir (também) da esperança? Walter Benjamin acreditava que sim. Ao tomarem consciência do absurdo da vida, seus personagens podem ter uma existência livre. E buscar a leveza, opondo-se a funcionários curvados, inertes e obedientes
Em novo filme, cineasta encara o tema da doença e da morte com profundo humanismo, sem jamais perder seu humor maroto. E ressalta a beleza da libertação moral e das relações de afetos, onde a amizade pode transcender o amor erótico ou romântico
Ministro da Cultura palestino, Atef Abu Saif estava no território sitiado, quando Israel começou o massacre. Em livro recém-lançado no Brasil, ele reporta os dias de terror e avalia: além dos corpos, o opressor quer sepultar a cultura. A arte pode preservá-la
Livro analisa a poesia em prosa do autor do século XIX, pouco explorada pela crítica. Ele enveredou-se nas tensões da sociedade escravocrata. E, como estratégia de resistência, pintou um Satã local, patrono “dos despossuídos, negros e artistas párias”
Homenageado na Mostra Internacional de SP, cineasta indiano foi na contramão de Bollywood. Viu nisso uma resistência cultural a partir da intrínseca relação humano-Natureza. E abordou a miséria do país de forma crítica, sem romantismos ou clichês de tristeza