Um dos grandes festivais do mundo chega à 75ª edição numa Alemanha que pode guinar à direita. Destino dos imigrantes povoa o debate público, mas quem tenta expor o genocídio de Israel submete-se a ataques da mídia e cancelamento de contratos
Dos griôs africanos a Homero. De Confúcio às cosmovisões indígenas. Das histórias do Islã aos bardos. A poesia sempre andou de mãos dadas com a História, cantando a vida simples ou feitos heróicos, pois “palavras derrubam moinhos de vento/ e de moer gente”.
Apesar das várias polêmicas, o filme agradou a muitos. Mas é desconjuntado: além das “caricaturas” de questões culturais e de gênero, obra trilha numa mescla mambembe de estilos cinematográficos, sem assumir plenamente esta opção. O efeito: a simplificação estética
Uma análise da filmografia do diretor de Ainda Estou Aqui. Ele debruça-se nas fraturas sociais do Brasil, em elegia a um humanismo quase utópico. Seus olhares são preciosos, mas não veem quem mantém estruturas de poder. O público se comove, mas sai com uma indignação sem alvo
Num mundo de vazios existenciais, elas oferecem pertencimento e amenizam o drama da finitude. Daí sua legitimidade. Mas também dão vazão ao ódio, guerras e misoginia. Dessa contradição vêm sua mística e sua captura pelos piores demônios
Uma mulher se envolve com o patrão – e o marido, desaparecido no front da 1ª Guerra, retorna desfigurado. A garota da agulha, que concorre ao Oscar com Ainda Estou Aqui, aborda tensões de classe e como a escassez, o medo e a violência embrutecem os seres humanos
Poeta que fundou a Cooperifa aborda o impacto da literatura periférica hoje – nas escolas, quebradas, presídios e até na “lista dos mais vendidos”. Como ela pode instigar outras visões da juventude sobre o futuro e seu lugar no mundo? “Distraídos, venceremos”, cita ele
Estrelas-mísseis, “com endereço certo”. Uma arara cor de céu. Asas do relâmpago. Grua e bola de demolição sobre nós. Leia sete poemas do escritor paulistano que captura a vida entre a terra e o éter — e pontua: “definitivamente/ esta não é/ a estação de voo”
Kasa Branca acompanha a saga cotidiana de jovens da Baixada Fluminense. É um “romance de formação”, mas atravessado por um contexto social muito concreto: a violência, os perrengues, a cultura afro… Uma história sobre a periferia contada por ela mesma…