Em A melhor mãe do mundo, a saga de uma mulher que escapa da violência doméstica com seus filhos – e, numa carroça, tenta reinventar a metrópole hostil. Outra estreia: Paterno, que aborda conflitos de um arquiteto entre a arte e o lucro imobiliário
Ao abraçar o realismo existencial, o cineasta foi acusado de alienado pelos cinemanovistas. Era o contrário: fez críticas refinadas ao homo paulistanus, burgueses que devoram aos outros e a si mesmos. Novo livro resgata sua obra, uma das mais pessoais (e controversas) do cinema nacional
Sepultam-se rios. Onde adultos pescavam e moleques caçavam passarinhos. Muitos não se lembram ou nunca os viram. Viram linhas-retas, concreto, enchentes… Função; não a natureza. Mas a literatura faz com que nunca nos esqueçamos do lugar que nos foi roubado…
Em contraponto aos modelos agrícolas internacionalizados, cresce a ideia do comer local: é mais saudável, barateia custos e sustenta a retroalimentação da vida. Além disso, troca a ambição do lucro máximo pela ancestralidade de dietas construídas ao longo dos séculos pelos povos
Volta aos cinemas, em cópia restaurada, Iracema: uma transa amazônica (1975). Proibido pela ditadura, o filme acompanha um caminhoneiro ufanista e uma adolescente ribeirinha. No centro, progresso e destruição. Devastação humana, estupro da natureza, ou vice-versa
Ao examinar o fenômeno neopentecostal e sua imbricação com a ultradireita, Apocalipse nos Trópicos apanha os personagens no contrapé e tenta compreender o apelo popular das “novas” igrejas. Mas, às vezes, a narrativa é “grandiosa” e frágil
A morte cai do céu, como no bombardeio à Praça de Maio, em 1955, mas a resistência se faz pelos “de baixo”. Personagem de Oesterheld tornou-se bandeira em protestos na Argentina. Na 2ª parte da HQ, relançada no Brasil, anteviu tempos sombrios, mas sem perder esperanças