Documentário aborda a história do grupo mineiro que uniu ritmos – do jazz à viola caipira. Em vez de “voz de especialistas”, filme mostra o “clube” recordando casos, parcerias, encontros e composições – e a geografia afetiva da Belo Horizonte de ontem e hoje
Uma família feliz é um título irônico: por trás de um casal e filhos “de comercial de margarina”, fervilham ciúme, ressentimento e loucura. Entre reviravoltas, obra levanta uma questão: quando uma história sobre a crueldade passa a ser, ela mesma, cruel?
Uma sintaxe crespa. Imagens epifânicas e nauseantes. Vocabulário excedente. E fruição que exige parceria e paciência. Contos – depois crônicas e romances – são um atalho. Ou inverta tudo: arrisque o mergulho na aventura que é ler A paixão segundo G. H.
Vale a pena conferir dois documentários – tão criativos quanto díspares. Um debruça-se na vida e morte de PC Farias, peça-chave no impeachment de Collor. Outro, na poesia de Lupicínio Rodrigues que, mais que cafona, é de mansidão, como diz Gilberto Gil
Autodidatas, dois fotógrafos documentaram por meio século a vida no Aglomerado da Serra, onde cresceram. Estima-se um acervo de 250 mil fotos. É o registro de suas identidades, lutas e conquistas. Agora, um passado oculto circula o mundo
Ervas Secas é a história de um professor turco que não vê a hora de escapar da província atrasada onde vive. Na desolação da neve, entre ingênuos que tornam-se ardilosos, filme expõe dilema: fechar os olhos ou agir para tentar aliviar a dor do outro?
Premiado livro de Jeferson Tenório foi banido das escolas públicas paranaenses. Mas, mais que palavrões e sexo, algo deveria chocar a sociedade: o desejo de ensinar de um professor que, esgotado e desiludido, suporta a precarização e o descaso do Estado
Ficção Americana conta a história de um professor negro, autor de romances requintados. Exige-se dele uma literatura “mais negra”; e, sem grana, ele cede. É o ponto de partida para debates incômodos sobre estereótipos da negritude e o politicamente correto