“Há vidros que separam o mundo, e há asas que não sabem disso”. A ave morreu num fosso onde as asas não conseguem abrir. Mas mãe-passarinha e mães da favela sempre bicarão em luto e amor. Leia estreia da coluna “Povo em Poema” do escritor e historiador
Lançamento oferece traduções inéditas de seis coletâneas do autor alemão, reunindo versos que dissecam e iluminam as engrenagens do nazismo, do capitalismo industrial e dos primeiros anos da Guerra Fria. Leia sete de seus poemas e uma entrevista com o tradutor
Enfim, chega aos cinemas o thriller político de Kleber Mendonça Filho sobre a ditadura. Uma singularidade são os pequenos desvios: um cadáver esquecido, a lenda da “perna cabeluda”, a madame negligente… Sempre com erudição, crítica contundente e apreço pelo cinema B
Morreu um dos fundadores do Clube da Esquina, aos 73. Com seu inovador trabalho, mostrou que o chão da infância e o horizonte do mundo cabiam dentro do mesmo acorde. Fez da beleza um ato de coragem; da sensibilidade uma ética; e da amizade uma forma mineira de política…
Novo filme é baseado em argumento não filmado de Fellini. Duas crianças embarcam clandestinamente para os EUA, em busca da irmã. A hostilidade aos imigrantes e negros dialoga com o que africanos vivem na Europa. No Festival de Cinema Italiano, em todo o país e por streaming
Eletrizante e repleta de referências artísticas, série dirigida por Joe Wright é, além de tudo, de enorme relevância política. Retrata a complacência dos burgueses com o fascismo, a ruína da democracia liberal e a necessidade, nestas circunstâncias, de alternativas à esquerda
A hipérbole é a “assinatura” de Guillermo del Toro nesta releitura da obra clássica. Temática dos descaminhos da Ciência é substituída por uma obsessão paternal de criar um novo homem. Mas revela na tentativa de “ser edificante”: viva a liberdade e deixe que os outros vivam
Indústria cultural escancara incapacidade de um império em declínio de oferecer uma visão positiva de futuro, aponta o filósofo Diego Ruzzarin. Por isso, aposta em nostalgia para reconfortar e conformar – e distopias onde só há espaço para o fatalismo e ações individuais