Elites do Velho Continente apressam-se a multiplicar gastos militares. Cultivam pânico irracional diante da Rússia e China. Veem num conflito a oportunidade de saírem da estagnação econômica. A ética é desastrosa; e a eficácia, muito incerta
Ao atingir a marca de mais de 50 mil palestinos mortos, governo israelense aprova a criação de uma agência para expulsar os habitantes que restaram. Mas nas ruas israelenses, cresce a pressão contra Netanyahu, após a violação do cessar-fogo
Em dois meses, Trump abalou alianças essenciais a Washington, abraçou-se à imagem corroída de Israel e cortejou Putin, sem afastá-lo da China. Seu plano para reindustrializar os EUA é pobre. Seu slogan, MAGA, parece mais distante que nunca
Para historiador francês, presidente escancara tendência recorrente do sistema: diante das crises, exacerbar espoliação colonial, rentismo e outras formas de rapina. Quando o bolo pára de crescer, diz ele, as elites partem para a predação
Retirada da “ajuda” norte-americana ao continente pode ser só início de hostilidades. EUA importam pouco dos países africanos. Ao verem a influência da China crescer, tendem a ações de fustigamento, como atacar os BRICS e acusar a África de “confisco de terras contra os brancos”
Ameaça de deportação do ativista, que aderiu aos atos pró-Palestina, expõe nova onda repressora – que agora caça imigrantes e opositores ao genocídio de Israel. Assim como em 1968, a resistência cresce. Naquela guerra, EUA perderam no “front interno”
El Salvador, conhecido pela brutalidade de seu sistema carcerário, recebe primeira leva de presos deportados dos EUA. Parceira desafia leis internacionais. Governo centro-americano exalta prisões em massa e encobre casos de tortura e superlotação
“Corríamos sem saber se fugíamos da morte ou íamos em sua direção”. Uma jornalista palestina em Gaza reporta o horror da madrugada de 18/3, quando Israel retomou o genocídio matando mais de 400 pessoas – 174 das quais, crianças
Onde há fumaça, há fogo. Uma mega-indústria de armamentos comprará as fábricas que a Volkswagen vai fechar. Como no passado, a perspectiva de um conflito ajuda a espantar o fantasma da recessão econômica. Mas atenção: quando a Europa prepara-se para a guerra, ela a tem