Dois erros foram centrais para produzir avaliações negativas do governo. Apesar de sucessivos alertas de economistas, Haddad fixou uma meta de inflação que levou à alta dos juros. E paralisia do governo, diante da alta do dólar, contribuiu para forte aumento dos preços
Governo demora em encontrar saídas efetivas para a crise. Ações contra alta dos preços da comida e nova estrutura de comunicação bastam para recuperar sua popularidade? População precisa de esperanças. Lula é um líder brilhante, mas precisa inovar diante dos novos ventos políticos
Governo insiste em entorpecer a si próprio com os “números da economia”. Não enxerga a regressão do país e o ressentimento que ela produz. Por isso, isola-se das maiorias. Um recomeço, mesmo modesto, é possível. Mas exige novas políticas – e outro tipo de diálogo com as maiorias
Queda abrupta do apoio ao governo expõe opção desastrosa, que precisa ser revertida. Presidente priorizou a governança via arranjos com o Congresso, frágeis e instáveis – e deixou de construir governabilidade, por meio de projetos e ações capazes de mobilizar as maiorias. É (ainda) hora de virada!