OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

A crise climática será central nos diálogos que podem construir um programa de desenvolvimento urbano no país. Outros quatros temas exigirão propostas urgentes. Entre eles o envelhecimento da população, que demandará a readequação dos serviços públicos

Transporte é direito constitucional: gratuito, pode produzir profundas transformações nas cidades. Isso exige outro modelo de licitação: transparente, sem monopólios e com fiscalização pública. Primeiro passo: construir um Sistema Único de Mobilidade

Pleito funcionará como plebiscito entre duas visões de cidades: a da ditadura rentista-especulativa e um modelo de convivialidade. Valorização da diversidade mostra que o voto já não se explica apenas pela economia. Esquerda deve encarar a mudança

Sem diálogos, vereadores planejam mercantilizar áreas ambientais, praças e parques – e permitir que especuladores violem parâmetros de construção, desde que paguem a Prefeitura. Sociedade precisa se articular contra estes retrocessos

Tarcísio quer demolir uma área da cidade para construir gigantesco centro administrativo. Mas metade dos órgãos que seriam transferidos já estão na região. Por trás do bilionário plano de “reocupação”, estão os tentáculos da especulação imobiliária

Catástrofe convida a superar o curto-prazismo e consolidar outra relação cidade-natureza. Reverter desmontes de leis ambientais e de estruturas de prevenção de riscos é urgente. E criar novas formas de cooperação entre sociedade e poder público

Pleito convida a esquerda a debruçar-se mais ativamente em projetos locais. Iniciativas eficazes de zeladoria urbana, participação no orçamento público e desenvolvimento sustentável podem fazer mais diferença que propostas de grandes obras…

Em dez anos, o sistema de drenagem urbana de Porto Alegre perdeu metade dos recursos – e a prefeitura age para desmontar e privatizar a empresa pública de saneamento. Falhas na infraestrutura contra cheias são denunciadas desde 2015

País multiplica investimentos em parques que absorvem a chuva e outras estruturas permeáveis. Aposta é captar a água, distribuí-la em circuitos curtos e reabastecer os aquíferos – para obter resiliência aos eventos climáticos extremos

Só em São Paulo mais de 54 mil pessoas habitam as calçadas. Fenômeno atinge 42% das cidades brasileiras e espalha-se pelo Ocidente. Governo inicia novo censo e promete programas de moradia para enfrentar uma das emergências do país