Por que a China aposta nos robôs

Poderão as máquinas substituir o trabalho humano sem criar desemprego?

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A imprensa ocidental não cessa de publicar matérias prevendo a “estagnação” ou o “colapso” da economia chinesa. Uma das causas seria o envelhecimento da população, um fato real. Mas uma matéria menos ideologizada que saiu há semanas na revista Economist aponta um ponto pouco examinado: o intensíssimo investimento de Pequim em robotização. Ao contrário do que ocorre nos países comandados pela lógica capitalista, não poderiam as máquinas substituir o trabalho humano sem criar desemprego? Os dados chamam a atenção. O primeiro robô chinês foi produzido em 2000 e “parecia uma torradeira ambulante”. Mas em 2022, segundo a Federação Internacional de Robótica, a China instalou tantos robôs industriais quanto todos os demais países do mundo juntos. E os usos estão se diversificando. Agora, o Estado estimula a criação de robôs de serviço – por exemplo, para executar tarefas de limpeza pública, e certas ações no cuidado com idosos, num país em que há pouca mão de obra disponível para isso. Um plano da Comissão Nacional de Saúde, que a revista vê como “ambicioso” propõe desenvolver pequenos exoesqueletos eletrônicos, para tornar possíveis, novamente, os movimentos corporais comprometidos dos velhinhos chineses.

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