O corpo como instrumento de combate

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Estreia em São Paulo peça construída coletivamente por estudantes e artistas, sobre as ocupações secundaristas. Dança e canto dão corpo às experiências registradas em atas, diários, fotos e vídeos

Por Jean Tible

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Quando Quebra Queima

4, 5, 6 de Maio (sexta a domingo), 19h

13 de Maio (domingo), 19h

Casa do Povo: Rua Três Rios, 252 – Bom Retiro

Metrô Tiradentes/ Metrô Luz

20 reais/10 estudante e morador do Bom Retiro

Secundarista de Escola Pública não paga

Bilheteria aberta 1h antes do espetáculo

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Quando Quebra Queima é uma peça construída por estudantes que viveram o processo de ocupações e manifestações do movimento secundarista em 2015 e 2016. Frutos da primavera secundarista, 14 corpos insurgentes deslocam para a cena a experiência dentro das escolas ocupadas, criando uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu intensamente o cotidiano dentro do movimento.

Ocupando o tempo presente, a ColetivA provoca de maneira pulsante o universo que compõe esse movimento que transformou o corpo e vida de todos que participaram.

Quando Quebra Queima é um espetáculo levante, fruto de quase dois anos de encontros e vivências da ColetivA Ocupação.

A peça descatraca a memória coletiva narrando a experiência da luta secundarista que se estende à luta cotidiana daqueles que a viveram: resgatando atas, diários, fotos e vídeos.

Durante as ocupações, o grupo experienciou o que é pensar e agir através do corpo e performance como instrumento de combate, agora nesta peça provocamos o encontro entre a dança, canto, música para dar corpo as nossas experências.

Criação

Abraão Santos / Alicia Esteves / Alvim Silva / Ariane Fachinetto / Beatriz Camelo / Gabriela Fernandes / Ícaro Pio / Leticia Karen / Lilith Cristina /Marcela Jesus / Matheus Maciel / Mel Oliveira / André Dias de Oliveira / Heitor de Andrade / Martha Kiss Perrone / Mayara Baptista

ColetivA Ocupação

A ColetivA Ocupação é um encontro entre estudantes, artistas e performers de diferentes regiões de São Paulo, que se conheceram durante as ocupações entre 2015 e 2016.A partir dessa experência, a luta secundarista seguiu por vários espaços e ganhou diferentes formas e desdobramentos – o teatro e a performance foi uma delas. Em 2016 Martha Kiss Perrone com o espetáculo Rózà fez uma circulação por Escolas Públicas e muitos secundaristas se aproximaram do teatro com esse encontro.

A ColetivA, no seu dia a dia de encontro e investigação, busca tecer outras relações, na vida interna do grupo e com o mundo.

vamos ocupar as escolas

vamos ocupar as ruas

vamos ocupar os teatros

vamos ocupar as universidades

vamos ocupar as narrativas

vamos ocupar tudo

“Ver esses cabelos, esses cabelos azuis e rosas, esses vários tons. O que vocês fizeram, têm feito e estão fazendo é muito importante, mas é mais importante para aquilo o que podemos ser, e é disso que vocês estão falando, daquilo que nós podemos ser.”

(Salloma Salomão)

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