Presidente não pode cometer o mesmo erro dos industriais brasileiros nos anos 90, que abraçaram a agenda neoliberal e cavaram a própria cova. Sanha pelo déficit zero implodirá o projeto de reconstrução — e pode desgastar o governo e desesperançar parte das lutas sociais
“Equilíbrio fiscal” brasileiro apoia-se numa ilusão: o “resultado primário”, que exclui o pagamento de juros. Segundo critérios internacionais, país registra déficits há 27 anos — mas os mascara para esconder a sangria imposta pelo rentismo
Por Paulo Kliass