No streaming, dois filmes revisitam os westerns pela poesia e política. Um desfaz fronteiras entre o “civilizado da cidade” e o “macho cowboy”. O outro, estrelado por negros, propõe saquear a memória branca e colonial, ao som de jazz e raps
Convite para (re)ver a obra do cineasta indiano que completaria 100 anos. Ele fundiu vida doméstica e História; afetos e tensões sociais. Mostrou um país contraditório (e cruel com as mulheres). Recusou simplismos, tanto no amor quanto na política
Em 7 prisioneiros, o drama de rapazes pobres do interior explorados num ferro-velho de São Paulo. Enxuto e sem maniqueísmos, o filme é brutal sem abusar da violência física: nele, o “mocinho” se deforma e os monstros são demasiados humanos
Chegam ao streaming as obras do cineasta carioca, falecido em 2013. Sensível e combativo, debruçou-se sobre o samba e a vida nos bairros populares. Em Abolição (1988), releu a história oficial (e o presente) a partir da resistência negra
Ao tocar em nervos expostos do Brasil, filme tornou-se fato político – para o bem e o mal. Não santifica a figura do guerrilheiro, humanizando a história, mas em certas passagens resvala em clichês panfletários e do cinema de ação
Na Mostra Internacional de SP, a poesia (e dramas) das periferias globais, vistos fora das lentes ocidentais. Num deles, O compromisso de Hasan, um olhar sensível sobre o turismo religioso a Meca e uma Turquia entre a modernidade e o atraso
Mostra Internacional de SP: uma seleção de filmes que atesta a vitalidade da produção documental de hoje no mundo. Num deles, um projeto alemão de educação popular para jovens imigrantes e o passado de uma cidade que os explorou sob o nazismo
Começa 45ª Mostra internacional de São Paulo, em formato híbrido. Internet permite acesso em todo o país; mas volta mágica da sala escura. Feminismo, regressão moral, endividamento e amores melancólicos marcam primeiros filmes destacados
De Chocolate (1988) a Deixe a luz do sol entrar (2017), vale conhecer a obra da cineasta francesa, disponível no streaming. Entre a África, migração e vampiros modernos, o entrechoque de corpos e culturas — sem complacência ou concessão
Em O homem que vendeu sua pele, um jovem sírio aceita proposta indecente: fazer de seu corpo tela-vida exposta na Europa — e, assim reencontrar seu amor. Entre horrores da guerra e insípidos museus, ele desfruta a livre circulação de ser mercadoria