Encerramento da mobilização em Brasília foi marcada por violência policial, ausência de Lula e nenhum avanço na demarcação de terras. STF e Congresso negociam o “marco temporal” sem voz indígena. Próximo passo: comissão exige escuta decisiva na COP30
Recente operação policial em território que aguarda homologação resultou em prisões e tumulto, com uso de armas letais. Há sinais de retaliação ruralista à luta pela retomada indígena de suas terras. Enquanto o governo federal adia demarcações, aldeias sofrem novas ameaças
Diante do embaralhamento do clima, jovens indígenas adoecem mentalmente, e deixam aldeias. Toda uma cultura é ameaçada. Mas forma-se, no alto Rio Negro, uma rede cientistas, que unem saberes da floresta e antigos ensinamentos, para buscar soluções
Ministro Gilmar Mendes mantém “mediação” com ruralistas após a articulação indígena retirar-se em protesto. Três juristas explicam por que a condução do processo é “legalmente incabível” e criticam as regras polêmicas impostas pelo Supremo
Força tarefa do governo chega a MS para regularizar territórios, em resposta à escalada de violência dos ruralistas em meio a conciliação improvável. Ameaças não cessam – nem a luta arrefece. E, agora, todo o apoio é necessário
Quatro mil focos de calor assolam o estado e podem secar matas e nascentes, modificando ecossistemas. Roçados e reservas ambientais são destruídos. Desastre não é só climático, dizem pesquisadores: é a expansão desordenada da fronteira agrícola
Além da queda de braço em torno do “marco temporal”, maior entrave ocorre na etapa das declaração de territórios, que deve ser feito pelo Ministério da Justiça. Seguindo o ritmo de 2023, governo levaria 14 anos para cumprir promessas
Senadores tentam impor “marco temporal” já rechaçado pelo STF – e ampliam o escárnio, ao permitir empreendimentos em terras dos povos originais. Lula anunciou que vetará. Mas governo continua preso a acordos com a bancada ruralista
No Vale do Ribeira, quilombolas exigem que o estado cumpra decisão judicial e construa uma estrada na região. Acesso ao território é árduo: requer contornar desfiladeiros e atoleiros. Falta luz elétrica e atendimento médico é precário