Socióloga que refletiu sobre o nexo entre a produção capitalista e os afetos sustenta: exigência da Saúde, e do Público, desmoralizou discurso liberal; e confinamento expõe como a intimidade é ao mesmo tempo necessária e insuportável…
Evitar a “volta ao normal” exigirá trocar energias fósseis pelas renováveis; passar da economia linear, que crê na infinitude, pela circular; e, culturalmente, superar o consumismo e a competição predatória, por uma dignidade frugal
Isolamento deixou as relações reféns da big techs, e a privacidade ainda mais ameaçada. Mais seguro e transparente, uso de código aberto pode criar rede de desenvolvedores locais, com práticas colaborativas – e alternativas às empresas-plataformas
Na pandemia, neoliberalismo tenta aprofundar a despedagogização do ensino: aulas virtuais, conteúdos enlatados, comunicação unidirecional. Pode gerar os “órfãos de escola”, sem locais de trocas e fuga de abusos. Como resistir?
Pesquisadora brasileira sustenta: para compreendê-lo, é preciso enxergar o esvaziamento da democracia tradicional — e os dois caminhos que este fenômeno abre para reconstituir um “povo”. Esquerda não pode ignorar esta disputa
Notada por muitos quando seus fãs sabotaram comício de Trump, ela expressa emergência das culturas não-ocidentais. E expõe ao mesmo tempo a valorização da arte pelo governo coreano e a potência do protesto cultural no país
Sucesso da primeira greve dos entregadores puxa novo ato neste sábado. Luta coletiva enfrentará individualização tecnológica. Socióloga reflete sobre novas reivindicações, reinvenção dos sindicatos e papel dos consumidores
Não se trata de atacar a comunicação remota, mas de não render-se a ela. O que nos difere de um rebanho de ovelhas é o desfrute da companhia, o cuidado, a troca. À distância, nos tornamos meros consumidores, dóceis e isolados
Pesquisa indispensável analisa perfil e anseios dos eleitores mais pobres do presidente. Defendem os serviços públicos, a igualdade e a ação econômica do Estado. Já não creem nas instituições. E poderiam apoiar uma esquerda renovada
Nos países mais pobres, 17% das pessoas nascidas há 20 anos já morreu, admite António Guterres, ao falar em homenagem a Mandela. Ele admite desigualdade começa no Banco Mundial, FMI e a própria ONU — e é escancarada pela pandemia