OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

A disputa vista do sertão do São Francisco. A base social brasileira mudou. A “mística transformadora” já não fervilha nas periferias. E pautas socioambientais são diluídas na timidez do PT. Faltam movimentos, partidos e igrejas que soprem a chama catalisadora dos anseios populares

Crônica sobre a impossibilidade de ser saudável, num planeta enfermo, e seus aspectos psíquicos. Como enfrentá-las: viver angústia, tristeza, impotência e até raiva? Sextar na terça e viajar para as Maldivas? Ser Dom Quixote ou Sancho Pança?

Eles vivem os impactos mais crueis da crise climática. Amargam o destino incerto e o não-retorno. A simples “mitigação e adaptação” não aliviará esta e outras catástrofes. Mas petroleiras insistem no abismo, sem pĺano de reduzir emissões até 2050

Nas últimas décadas, a sociedade civil se organizou. E, na luta contra a seca, conquistou importantes políticas públicas pelo direito à terra, de acesso às cisternas e fomento à agroecologia. Experiência pode inspirar outras regiões a construírem seus próprios caminhos…

Em 3 dias, caiu no vale do Taquari mais chuva que toda a capacidade de armazenamento do Rio Grande do Norte. Dilúvios agora serão constantes — e Brasil tem todos os ingredientes para tempestades e secas descomunais. Só ação do Estado pode mitigar os efeitos

Vemos tantas: da Prosperidade, do Domínio, do Arrebatamento… Elas frutificam sobre pessoas que buscam conforto e segurança – e seus padres e pastores galgam cargos públicos. Assim, elas alimentam a ultradireita de uma forma que o neoliberalismo nunca conseguiu

Parque eólicos e solares. Descarbonização via hidrogênio verde. Carro elétrico. País tenta reduzir emissões, mas iniciativas são capturadas pelo mercado. É preciso outra lógica: descentralizar produção e desprivatizar ventos, água e sol do país

Tragédia no Sul do país, que já matou 47, não é somente natural. E outra pode estar a caminho: a desertificação, devido a alteração do regime de chuvas com a devastação da Amazônia. Catástrofe global aproxima-se. O que faremos?

Diversas adutoras para abastecer comunidades ribeirinhas estão inconclusas. E, mais que a transposição do rio, foi o programa de cisternas que fez a diferença ao semiárido. É hora de nova batalha: pelos direitos da natureza e moratória às megaobras

As cisternas eliminaram a sede humana mortal do Nordeste. Mas circulam imagens de animais nas cidades, em busca de água e comida. Não nos esqueçamos deles, e lembremos: o modelo agrícola atual é devastador a todos os seres vivos