A trupe dobrou a última curva. Já não se via o palhaço, nem o passo dos jovens foliões. Só o eco do canto persistia, espalhando-se pela noite como se quisesse costurar cada vazio, cada medo, cada esperança. Um canto novo anunciava, no seu modo simples, que a dor não terá a última palavra
Crônica sobre a festa popular maranhense, que chega à apoteose hoje. Ruas viram espaços de encantamento. Diferenças de classes entram em transe. O mercado até tira suas lascas, mas, em batuques e cantorias, o ancestral injeta sangue novo na indiferença