Relatório internacional sustenta: não bastam novos fármacos. Para enfrentar novas ameaças, é preciso superar lógica de patentes, construir conhecimento no Sul Global e abandonar políticas de austeridade. No SUS, há um embrião de resposta, defende ex-ministra e coautora do documento

Nutricionista e grande crítica da indústria alimentícia falou sobre seu novo livro no 14º Abrascão. Em entrevista exclusiva, ela reflete sobre as mudanças na percepção e na crítica dos brasileiros a respeito da alimentação – e conta suas impressões sobre nosso cardápio

ONU lança hoje, em Joanesburgo, documento que ajuda a compreender crises sanitárias globais e propõe novas bases para enfrentá-las. Entre as saídas está o fim da sangria provocada, no Sul Global, pelo rentismo. Na mesa, a ex-ministra brasileira Nísia Trindade

Um grande epidemiologista latino-americano sustenta: Ciências estão cegas por um cartesianismo que só permite enxergar fragmentos da realidade. Pandemia foi a prova dos nove. Mas para reagir, é preciso superar as lógicas do lucro e do individualismo

“Nós Territoriais” entrelaçam as redes de cuidado e articulam diferentes graus de complexidade. Há hospitais comunitários e cuidados intermediários que evitam internações desnecessárias e inadequadas. O que a experiência em uma cidade italiana pode ensinar ao SUS?

OMS embarcou no conceito para permitir rearranjo institucional no pós-pandemia. Mas é preciso criticar tendência positivista e reducionista da “One Health”, cega à demanda de uma ciência plural, sensível e em diálogo com os sistemas de conhecimento do Sul Global

A população do país da Ásia constrói projetos de superação do atual regime autoritário, que tomou o poder após golpe em 2021. Buscam formas de democracia popular, com políticas públicas de caráter universal – e têm o SUS como referência importante

Pensamento contra-hegemônico nasceu nas universidades latino-americanas, sempre ligado às lutas políticas e sociais da região. Hoje, encara enormes desafios, mas sua marca de solidariedade e seu repertório de 40 anos permitem enfrentá-los. Fala um de seus fundadores

Rio recebe grande evento da Saúde Coletiva latino-americana. Quarenta anos depois de surgir, encontro expressa novos desafios – as ditaduras passaram; cresce agora a luta contra a mercantilização da vida e do cuidado. O que esperar desta nova edição?

Na Unifesp, Mustafa Barghouti, um ícone da luta palestina, expôs o horror. Equipamentos de saúde foram destruídos, faltam água, comida e remédios. Não há vacinas, epidemias alastram-se. É hora de o Brasil cortar relações diplomáticas e impor sanções a Israel