Ministério lança campanha de vacinação para menores de 15 anos
Campanha visa completar caderneta vacinal de jovens. Padilha faz apelo aos pais contra hesitação vacina.
Publicado 02/10/2025 às 12:19
Na manhã desta quarta (1°), o Ministério da Saúde anunciou a Campanha Nacional de Multivacinação. Voltada ao público infanto-juvenil que ainda está com a caderneta de vacinação incompleta, a campanha é desdobramento do Programa Saúde na Escola.
Lançada no primeiro semestre, essa ação governamental imunizou cerca de 1 milhão de estudantes. Além das escolas, o dia 18 de outubro – um sábado – foi eleito como dia D para ampliar o alcance da ação.
Na coletiva, que reuniu o ministro Alexandre Padilha e algumas lideranças da pasta, foi feito um apelo para engajamento dos pais, ainda vistos como foco da hesitação vacinal. “Precisamos engajar o território e fazer ações extramuros, mas os pais também precisam autorizar as escolas a vacinarem seus filhos”, afirmou Ana Luiza Caldas, secretária de atenção primária.
Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunização, destacou que o governo já repassou R$ 150 milhões para estados e municípios desde o início do ano para tal finalidade, além de ter entregue um excedente de 6,8 milhões de doses para doenças variadas.
Apesar de comemorar um aumento geral na cobertura de todas as vacinas do Programa Nacional de Imunização em relação a 2022, o governo quer ampliar a cobertura de febre amarela e HPV.
“Febre amarela será foco em toda a população, em especial RJ, MG, SP e PR. Vamos aproveitar o período pré-sazonal para ampliar a cobertura, e concentrar ações em cidades prioritárias”, disse Gatti. Sobre o HPV, o governo afirma que a cobertura chegou a 67%, mas é necessário avançar mais.
A coletiva ainda contou com a presença de Cristian Morales, da OPAS, que lembrou da epidemia de sarampo que acomete as Américas, em especial no norte, onde o negacionismo é o principal causador da atual disseminação da doença.
“Quero lembrar aos pais e mães que você só não tem paralisia infantil ou outras doenças graves porque seus pais foram a um posto de saúde te vacinar. E fizeram isso em condições muito mais difíceis do que as atuais. Não neguem isso a seu filho”, discursou Alexandre Padilha.
Foto: Walterson Rosa / Ministério da Saúde
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