Mês do Orgulho LGBT+: ações para uma saúde mais inclusiva

• Fiocruz pensa a saúde de LGBT+ • O que contribui para diminuição do Mar Cáspio • E MAIS: CFM age contra pessoas trans; indígenas preservam florestas; supercentro em SP; anticorpo para oropouche •

.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sobretudo por meio de ações do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), tem reafirmado, ao longo desses anos, seu compromisso com a saúde dessa minoria, aliando produção científica, formação e garantia de direitos. O INI conta com ampla experiência em pesquisas e ensaios clínicos, de forma que desenvolve pesquisas avançadas por meio do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e HIV/aids, que vem atingindo especialmente os homens que se relacionam com outros homens. Relatos destacam o impacto do atendimento humanizado do INI/Fiocruz na saúde de seus pacientes.

Para Luciana Lindenmeyer, integrante da coordenação colegiada do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, os avanços da Fundação em relação à população LGBTQIA+ são visíveis, especialmente nas ações voltadas a pessoas trans e travestis. Além do seu Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça, responsável por articular políticas institucionais voltadas à equidade, a Fiocruz criou a Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa), em 2023, e lançou a Política de Equidade de Gênero e Étnico-Racial, construída de forma participativa a partir de demandas sociais.

Mar Cáspio está diminuindo; e causa vai além de mudanças climáticas

Um estudo publicado na revista Nature em abril mostrou que o nível do Mar Cáspio deve diminuir até 18 metros e poderá perder até 34% de sua superfície até o final do século. Uma diminuição de água de 5 metros já é suficiente para afetar ecossistemas importantes dos países banhados pelo Mar Cáspio, prejudicando a saúde dos animais e dos residentes da região. Acontece que o fenômeno não é causado apenas pela crise climática. 

O Volga, o maior rio da Europa, localizado na Rússia, é a fonte de mais de 80% das águas do Mar Cáspio. Segundo especialistas, a gestão hídrica da Rússia afetou o mar. Um membro do órgão consultivo civil sobre meio ambiente do Ministério da Ecologia do Cazaquistão, Kozybakov, em entrevista ao Al Jazeera, disse que: “Ao longo dos anos, a Rússia construiu muitas represas e reservatórios de água no Volga e utilizou sua água para agricultura e indústria. Como resultado, muito menos água tem fluído para o Mar Cáspio”. Além disso, ambientalistas denunciam que os contratos assinados pelo Estado com as empresas multinacionais de petróleo e gás foram mantidos em segredo, o que torna impossível determinar seu real impacto no meio ambiente ao redor do Mar Cáspio.

* * *

MPF vai pra cima de CFM por direitos trans
Em mais uma ação ideologicamente motivada, o Conselho Federal de Medicina tentou proibir tratamento hormonal de transição de gênero para menores de 18 anos. Agora, o Ministério Público Federal do Acre não só pediu a suspensão da norma como exigiu multa de R$ 3 milhões por danos morais. A Agência Brasil noticiou o caso.

Territórios indígenas preservam mais natureza
Mais uma vez, ficou reiterado que terras indígenas, onde populações podem manter seu modo de vida ancestral, são excelentes aliados da preservação ambiental. Desta vez, foi a revista PLOS ONE que publicou síntese de pesquisas científicas, conforme noticiado pelo Portal Ecodebate. A pesquisa pode ser lida aqui.

Supercentro para Diagnóstico do Câncer é lançado
Em São Paulo, para anunciar investimentos na saúde especializada, Alexandre Padilha passou pelo A. C. Camargo. Comandou reunião com secretários de outros estados e anunciou um supercentro que, com integração a distância, agilizará em até 20 dias análises de resultados de exames. Veja mais detalhes sobre a iniciativa.

Anticorpo para febre oropouche
Ao lado de profissionais da Unicamp e de instituições estrangeiras, um grupo da USP descobriu a proteína MyD88 como inibidora do vírus da febre oropouche, que infectou 25 mil pessoas no país nos últimos dois anos. Os testes foram feitos com animais. Leia alguns dos resultados.

Outras Palavras é feito por muitas mãos. Se você valoriza nossa produção, contribua com um PIX para [email protected] e fortaleça o jornalismo crítico.

Leia Também: