Para ler com o corpo: GLAC

Nova parceira incomum do Outros Quinhentos, editora foca na subversão política do cotidiano. Inauguramos os sorteios com “Dark Deleuze”. Até dia 31/5, é possível adquirir seus livros com cupom que destina 10% das vendas à Uneafro — e dá desconto para todxs

Por Simone Paz

Nasce uma nova rede de afeto e economia solidária do Outros Quinhentos. É com a GLAC Edições que faremos muitas coisas legais.

Seus livros são “para ler com o corpo” — como eles mesmos dizem. E sua história, que tinha começado lá em 2016, só foi retomada em 2019, “com um projeto de publicações voltado à subversão política do cotidiano e à crítica política da maneira hegemônica de agir e pensar o presente. Seus livros e atividades se voltam para propostas programáticas de caráter autonomista com a tradução de autorxs anônimos, coletivos, artistas e intelectuais, assim como de escritorxs nacionais, a fim de debater um outro radicalismo e, principalmente, com isso a importância de um escrita subjetivo-política que impulsione o leitor a autodeterminação”.

Durante maio, todas as vendas do site feitas com o cupom #OUTRASPALAVRAS+GLAC destinam 10% para a UNEAFRO (instituição escolhida pelo Outras Palavras para o benefício), em apoio permanente às famílias negras e periféricas no enfrentamento ao genocídio causado pelo coronavírus.

A iniciativa faz parte da campanha Habitar em Luta, que reúne outros cupons que destinam o 10% de cada compra a outras instituições/movimentos/causas sociais.

Além de tudo, o mesmo cupom dá 20% de desconto ao comprador — e o melhor: válido para todo mundo (não só membros de Outros Quinhentos)

Mas, dentro das exclusividades para os assinantes de nosso financiamento coletivo, temos um presente inaugural: o sorteio do livro Dark Deleuze, de Andrew Culp, recém-lançado pela GLAC e que hoje ganhou publicação de seu prefácio no Outras Palavras. (Leia aqui)

Para concorrer, basta ser membro de Outros Quinhentos e preencher este formulário até quarta-feira 27/5.

Sinopse do livro:

Gilles Deleuze é considerado um pensador de declarações jubilantes e rizomáticas. Neste livro, no entanto, demonstra-se que esse “cânone da alegria”, que no passado parecia ser radical, atualmente perdeu sua resistência própria. O autor investiga uma rede oculta de referências à conspiração, crueldade, terror ao exterior e a vergonha de ser um ser humano para reinterpretar e reavivar a oposição de Deleuze a tudo o que é intolerável neste mundo: o próprio mundo. Andrew Culp define seu projeto como uma crítica sem concessões ao “cânone da felicidade que celebra Deleuze de maneira naïf como um pensador afirmativo da conectividade”. Interpretações alegres se concentram na liberação de fluxos, no devir e na transversalidade, em rizomas e cismas, mas na realidade tudo o que podem fazer é repetir a linguagem da revolução molecular quando, como aponta Tiqqun, “a revolução foi molecular e a contrarrevolução também”. O argumento é que a tese de conectividade do Google tipifica uma abordagem popular às redes que contribui ainda mais para uma cultura de felicidade obrigatória, por um controle descentralizado e pela impassível superexposição.

Mais informações, aqui:

https://www.glacedicoes.com/dark-deleuze

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