“Quando o Google encontrou o WikiLeaks” registra conversa com diretor da empresa norteamericana que contribui com a NSA e controla seus usuários. Quem contribui com Outras Palavras pode receber um exemplar

Seguimos em nossa parceria com a editora Boitempo e no esforço por acompanhar como ecoa a prisão de Julian Assange. Ainda na edição de hoje, Outras Palavras publica um texto do filósofo Slavoj Zizek sobre o assunto. Além disso, oferecemos mais um livro do prisioneiro incômodo: Quando o Google encontrou o WikiLeaks.

Trata-se de uma conversa interessantíssima entre polos opostos da internet: Julian Assange e o diretor do Google, Eric Schimidt. De um lado, um ativista que revelou ao mundo a espionagem do governo norte-americano sobre seus cidadãos e outros presidentes, o manual de tortura do exército dos EUA, crimes de guerra no Iraque e Afeganistão, os arquivos de Guantánamo… Do outro, um multimilionário, dono de uma das empresas mais lucrativas do mundo, que contribuiu com a agência de inteligência estadunidense para que vigiasse sua população. Um está preso. O outro, goza de sua fortuna de mais de 10 bilhões de dólares, enquanto forma monopólio, influencia eleições, controla seus usuários… (Aliás: veja um manual de como se livrar das garras do Google aqui).

Esse encontro antagônico aconteceu em 2011, e a discussão aborda questões políticas como a Primavera Árabe e o Bitcoin. O livro traz esse diálogo transcrito, além de um prefácio à edição brasileira redigido pelo próprio Assange.

“Assange liga nomes, fatos e instituições, deixando evidente que o Google não é uma mera empresa inovadora que distribui aplicativos e constrói plataformas para nos alegrar e nos permitir fazer mais por nós mesmos. O Google se tornou uma corporação que integra o sistema de controle, vigilância e expansão do poder do Estado norte-americano”, analisa o sociólogo Sérgio Amadeu, na apresentação. “Muitas pessoas pensam que o mundo da tecnologia é o mundo da ausência de relações de poder. Este livro mostra que elas estão enganadas. O poder não se faz por meio da tecnologia somente, mas está embutido na própria tecnologia.”

“Quando o Google encontrou o WikiLeaks” não é importante apenas para entendermos quem é o ativista que criou o Wikileaks, mas para repensarmos a internet, que pode ser um grande espaço de liberdade, troca de conhecimento e denúncia de governos autoritários.

O sorteio de dois exemplares será feito na quinta-feira, às 14h. Participe! Saiba tudo sobre o livro aqui (eles ainda mantém a promoção de 50% de desconto, caso queiram adquiri-lo já ou indicar a alguém). Como sempre, é apenas para participantes de Outros Quinhentos, nosso programa de financiamento autônomo. Faça parte!

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