Em “Como nasce e morre o Fascismo”, Clara Zetkin analisa a ascensão do regime logo em seu início, de um ponto de vista marxista e engajado. Quem sustenta Outras Palavras pode receber um exemplar

Clara Zetkin já tinha uma longa história de luta quando testemunhou o nascimento e ascensão do fascismo, na Alemanha. Nome importante do feminismo, teórica marxista, professora e jornalista, Zetkin nasceu em 1857, era próxima de Rosa Luxemburgo e participou de importantes movimentos sociais do início do século XX. Foi uma das grandes responsáveis pela criação do Dia Internacional da Mulher, e acreditava que o feminismo nunca pode se desvencilhar da luta de classes. Por meio do jornalismo, educava e conscientizava mulheres trabalhadoras alemãs. E, com essa trajetória, foi autora de uma das primeiras obras que observaram a ascensão do fascista Benito Mussolini na Itália e elaboraram uma profunda análise sobre ela.

“Como nasce e morre o fascismo” foi publicado em 1923, mas continua atualíssimo. Já traz a percepção de que o surgimento do fascismo está intrinsecamente atado à crise do capitalismo e ao declínio de suas instituições. Observa seu caráter de massas. Enxerga sua demagogia pretensamente anticapitalista. Se horroriza com sua violência. Em tempos sombrios como o que vivemos, é fundamental revisitarmos olhares do passado sobre fenômenos que agora se repetem. Quem recupera essa obra importante é nossa querida parceira Autonomia Literária, sempre de olho nas lutas de nossos tempos.

A editora convida (e nós reforçamos): o lançamento do livro de Clara Zetkin será amanhã, 23/4, na livraria Tapera Taperá, em São Paulo. Haverá debate com Sabrina Fernandes, Maria Lygia Quartim e Silvia Ferraro. E, a quem contribui com Outras Palavras, oferecemos 5 livros para sorteio — para participar, basta clicar aqui. Anunciaremos os felizardos na tarde de quarta-feira, 24/4!

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