A mercantilização da Ciência: como revertê-la

Livro de autor de Outras Palavras sistematiza e analisa em profundidade como o mercado rege a produção científica – e escancara a faceta predatória e intrusiva do neoliberalismo. Sortearemos dois exemplares para quem apoia nosso jornalismo

O que define a produção científica? Que conhecimento iremos produzir? Quais projetos de pesquisa devemos empreender? Como será a gestão dessa pesquisa? Como os resultados da pesquisa serão distribuídos?

Quando paramos para refletir que nossa vida está sob um sistema econômico que rege tudo a partir do interesse de mercado, as respostas das perguntas acima ganham outros contornos.

Marcos Barbosa de Oliveira dedicou boa parte de sua vida acadêmica – se não toda – no intuito de esmiuçar os caminhos e contornos que definem a ciência, desde sua teoria à sua prática. Deste hercúleo esforço nasceu a obra A mercantilização da ciência: funções, disfunções e alternativas. Recém lançado pela Associação Filosófica Scientiae Studia.

Outras Palavras irá sortear 2 exemplares de A mercantilização da ciência: funções, disfunções e alternativas, de Marcos Barbosa de Oliveira, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 25/9, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!

Em seu estudo, Marcos expõe, de maneira sistematizada e fundamentada, o infeliz fenômeno que acomete a produção científica de nosso tempo: a mercantilização da ciência. Escancarando a faceta do neoliberalismo que mercantiliza todos os âmbitos de nossa vida e que fincou suas presas em um dos mais imprescindíveis: a ciência.  


A mercantilização da ciência é o núcleo da reforma neoliberal da universidade.


O livro se estrutura a partir de uma análise de processo que se dá em três dimensões, sendo elas, respectivamente: à determinação dos rumos da pesquisa pelo mercado, com base no conceito mercadológico de inovação; à administração da academia, tendo como peça-chave a avaliação quantitativa produtivista; à expansão e fortalecimento dos Direitos de Propriedade Intelectual.

Tal estrutura permite um olhar sistematizado e científico que nos ajuda a compreender os “inúmeros aspectos controvertidos no campo da ciência, como: as campanhas em prol da inovação; a desvalorização das humanidades e da ciência básica; a epidemia de más condutas; a queda na qualidade de vida dos pesquisadores; os periódicos predatórios; o fetichismo dos rankings universitários etc.” 

A pesquisa carrega uma contribuição substancial para a filosofia da ciência e fornece “um rico manancial de informações, análises e reflexões para quem se interessa pelo estado atual da pesquisa científica e da Universidade, particularmente no Brasil.”

No entanto, a obra não se finda em críticas e como toda ciência transformadora: esboça “formas alternativas de condução das atividades científicas” que podem nos ajudar a superar “as disfuncionalidades do atual sistema.” 

Você pode conferir a Introdução da obra na íntegra aqui.


Sobre Marcos Barbosa de Oliveira

Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (USP) (1970). Doutor em História e Filosofia da Ciência pela Universidade de Londres (1981). Foi livre-docente pela USP  em 1997. Estagiou em pesquisa no exterior nas Universidades de Essex (janeiro a março de 1987), de Bristol (outubro a dezembro de 1994) e na New School for Social Research (setembro a dezembro de 1999). Também foi professor Associado da Faculdade de Educação da USP, Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, até a aposentadoria, em agosto de 2014. A partir do mesmo ano, tornou-se professor colaborador junto ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia, da FFLCH-USP, além de ser vice-coordenador do Grupo de Pesquisa “Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia” do Instituto de Estudos Avançados da USP e membro da Associação Filosófica Scientiae Studia.

Sobre a Coleção Estudos sobre a Ciência e Tecnologia

O objetivo central da Coleção de Estudos sobre a Ciência e a Tecnologia é difundir escritos que contribuam para a reflexão crítica sobre estes temas e para a compreensão das práticas científicas e tecnológicas como parte integrante da cultura de nosso tempo. Com esse intuito, ela engloba, além de investigações recentes e originais nas áreas de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia, traduções para a língua portuguesa de obras clássicas, de valor histórico nas áreas abrangidas pela coleção, publicadas em edições críticas. Desse modo, pretende contribuir para a divulgação da reflexão filosófica e científica e para o debate público sobre a ciência e a cultura na sociedade brasileira.

A coleção está organizada em quatro séries de textos:

  • Filosofia da Ciência/Filosofia da Tecnologia;
  • História da Ciência/História da Tecnologia;
  • Sociologia da Ciência/Sociologia da Tecnologia
  • Clássicos da Ciência e da Tecnologia/Textos Integrais.

Outras Palavras irá sortear 2 exemplares de A mercantilização da ciência: funções, disfunções e alternativas, de Marcos Barbosa de Oliveira, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 25/9, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!

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