Uso desenfreado de cigarros eletrônicos entre jovens
• Cigarros eletrônicos e seu uso entre jovens • Feridos lotam hospitais no Irã • Riscos à ciência da África do Sul • E MAIS: gripe aviária em GO; vacinas de mRNA; coqueluche; aborto legal na Inglaterra •
Publicado 18/06/2025 às 16:52
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada esta semana apontou que um em cada nove adolescentes brasileiros afirma usar cigarro eletrônico. O número já é cinco vezes o total daqueles que fumam cigarro tradicional, e essa foi a primeira vez que os cigarros eletrônicos entraram no levantamento.
Apesar de o produto ser proibido no Brasil, e de a Anvisa ter sido premiada pela OMS no Dia Mundial Sem Tabaco por suas ações antitabagistas, o uso de cigarros eletrônicos continua sendo amplo e uma das razões é, segundo a pesquisadora Clarice Madruga, a facilidade de acesso a eles. “A gente teve uma história gigantesca de sucesso de políticas que geraram uma queda vertiginosa no tabagismo, mas que um novo desafio quebrou completamente essa trajetória. E a gente hoje tem um índice de consumo, principalmente entre adolescentes, muito superior e que está totalmente invisível”, afirma Clarice.
Saúde iraniana padece com os ataques sionistas
No hospital Imam Khomeini, em Teerã, a chegada de pessoas feridas passou a ser constante desde sexta-feira. Na noite de domingo, tornou-se uma espécie de inundação. Uma nova onda de ataques israelenses na capital iraniana sobrecarregou o hospital, constituindo o que um médico descreveu como um “banho de sangue”.
Ao passo que o conflito entre Israel e Irã entrou, ontem (17), em seu quinto dia, os hospitais iranianos recebem um aumento repentino de feridos, com instalações médicas cada vez mais sobrecarregadas e o pessoal exausto. A equipe médica do Imam Khomeini descreveu, em relatos ao The Guardian, um cenário caótico, sangrento e um fluxo de feridos que só parece aumentar com a escalada dos ataques israelenses.
Consequências dos cortes de Trump chegam à África do Sul
Os efeitos do combo demissão em massa e fim do financiamento de pesquisas científicas nos EUA atravessa as fronteiras do país. A África do Sul , que, por décadas, tem trabalhado em conjunto com pesquisadores estadunidenses e recebido financiamento para pesquisa dos EUA – mais do que qualquer país – hoje encontra sua produção científica ameaçada.
A África do Sul tem sido, há tempos, uma potência em pesquisa médica, mas sua importância é pouco conhecida por pessoas de fora da área. Cientistas sul-africanos têm sido responsáveis por avanços importantes contra grandes causas de morte global, incluindo doenças cardíacas, HIV e vírus respiratórios, como a covid-19. Além disso, empresas farmacêuticas, incluindo gigantes americanas como a Pfizer, dependem fortemente do complexo de pesquisa da África do Sul quando desenvolvem e testam novos medicamentos, vacinas e tratamentos. Neste sentido, as consequências voltam-se inclusive para os EUA, de modo que os cortes do governo Trump soam ainda mais autodestrutivos.
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Gripe aviária identificada em Goiás
A detecção de um foco de gripe aviária de alta periculosidade foi notificada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária, informa a Agência Brasil. As exportações não deverão ser impactadas, já que o caso não ocorreu entre aves comerciais. Saiba mais.
Padilha promete apostar no RNA mensageiro
Em coletiva ligada à 15ª Reunião de Ministros da Saúde dos BRICS, Alexandre Padilha afirmou que o Brasil pretende se consolidar como um polo de produção de vacinas de RNA mensageiro, fortalecendo parcerias com outros países do bloco. Leia sobre.
Coqueluche segue exigindo atenção no Brasil
Dados do poder público apontam que os casos de coqueluche tiveram uma leve baixa no ano de 2025. No entanto, o risco segue alto para bebês de até um ano, de acordo com representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia. Veja a análise.
Aborto descriminalizado na Inglaterra
Nesta terça-feira (17/6), o parlamento britânico aprovou a descriminalização do aborto na Inglaterra e no País de Gales. A interrupção da gravidez já era permitida em situações específicas. As demais eram punidas como infração penal – até ontem. Entenda o cenário.
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