Quem são os cuidadores formais no Brasil
São em maioria mulheres, pardas e sem carteira assinada. Um estudo apresentado no Abrascão reflete sobre elas
Publicado 01/12/2025 às 16:12 - Atualizado 01/12/2025 às 16:15

A implementação da Política Nacional de Cuidados foi tema de debate no domingo (30), no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Na mesa Cuidado enquanto trabalho: direito das pessoas com deficiência e no envelhecimento, os participantes discutiram como garantir dignidade a esses grupos, que são prioridade da nova política intersetorial do governo Lula, que foi detalhadamente regulamentada no Plano Brasil que Cuida.
Entre as pessoas que exercem o cuidado – de crianças, de pessoas com deficiência ou idosas, por exemplo –, há aquelas que o fazem de forma remunerada e não-remunerada. Uma pesquisa, apresentada na mesa pela pesquisadora Pricila Oliveira de Araújo, da Universidade Estadual de Feira de Santana, buscou compreender um pouco sobre cada um dos dois grupos.
Para entender os cuidadores formais, foi feita uma pesquisa em seis capitais brasileiras de todas as regiões do país. A grande maioria dos cuidadores formais entrevistados eram mulheres (92,6%), pardas (41,1%), com baixa escolaridade e sem formação profissional específica para a função. A remuneração média de R$1.394,00 mensais, 74% não têm contrato de registro e 62,9% exercem outras tarefas na casa, além do trabalho de cuidado.
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