Queimadas em terras indígenas aumentaram em 76%

• Fogo nas terras indígenas • Medidas contra as mortes maternas • Incorporação de remédios no SUS • Mais Médicos chega a 26 mil em atuação • Reuniões de ministros da Saúde das Américas • Política de transplantes na Opas •

Foto: Takuma Kuikuro
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Um levantamento conduzido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) a pedido da BBC News Brasil indica que as queimadas em terras indígenas cresceram 76% em relação ao ano passado. Em 2024, os incêndios criminosos que tomaram o país arrasaram cerca de 3 milhões de hectares de terras indígenas, o que equivale a 27% do total de área queimada neste ano. Para lideranças ouvidas pela reportagem do veículo britânico, não há dúvida sobre o que origina toda essa destruição: “os efeitos das mudanças climáticas e o avanço do agronegócio”. Profissionais que trabalham em Terras Indígenas relatam que os problemas respiratórios, especialmente entre idosos e crianças, não são nem de longe a única consequência da atual onda de queimadas na saúde dos povos originários. Ao derrubar o fornecimento de energia nas aldeias, ela também dificultou o armazenamento de medicamentos que precisam ser refrigerados. O deslocamento de pacientes também foi prejudicado pela fumaça dos incêndios.

O que quer fazer o governo para conter a mortalidade materna

Em meados de setembro, o governo lançou a Rede Alyne, política para os cuidados com gestantes, puérperas e bebês. Substituindo a antiga Rede Cegonha do SUS, o novo modelo tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna em 25% até o ano de 2027. Recentemente, o Ministério da Saúde apresentou algumas das propostas que pretende implementar com a Rede Alyne. Entre outras ações, a pasta propõe triplicar o repasse de recursos para exames pré-natal, incluindo agora testes de HTLV, hepatite B e hepatite C; ampliar em 30% as verbas de custeio dos Centros de Pasto Normal (CPN), com a implementação do Método Canguru de cuidados com os recém-nascidos em estado grave; crescer os investimentos nos bancos de leite humano; e a criação de uma equipe especializada em obstetrícia na Central de Regulação do SUS.

Gonzalo Vecina elogia decisão do STF sobre fornecimento de remédios fora do SUS

Em artigo para o Estadão, o sanitarista Gonzalo Vecina avaliou que é preciso “reconhecer a importância” da recente decisão do STF sobre o fornecimento de remédios não-incorporados pelo SUS. Na visão do fundador da Anvisa, ela deve ser “comemorada” por “colocar um mínimo de ordem no chamado processo de judicialização da saúde no País”. Para Vecina, a falta de um precedente uniforme sobre como decidir sobre a garantia desses medicamentos estava levando a um excesso de ações onde os pacientes acionam a Justiça para obtê-los, a despeito de não terem registro na Anvisa e aval do Conitec. Ele elogia a criação, pela decisão, de um banco de dados único sobre demandas judiciais de acesso a fármacos – que servirá para orientar o Judiciário sobre o tema. Contudo, Vecina também aponta que a proposta do ministro Gilmar Mendes não resolve todos os dilemas relativos à questão, e sugere que uma reformulação da Conitec também seria importante.

26 mil já atuam no Mais Médicos

O novo Mais Médicos já conta com 26,5 mil profissionais em atuação em pouco mais de um ano e meio de criação, revelou o Ministério da Saúde em reunião na última quinta-feira (26). Avaliando positivamente o andamento do programa, a pasta apresentou à Comissão Intergestores Tripartite (CIT) – instância que reúne autoridades federais, estaduais e municipais para melhor coordenar a gestão do SUS – uma “proposta de ajustes na portaria que trata da distribuição de vagas, as diretrizes e os critérios para seu dimensionamento e a metodologia de sua priorização nos municípios”. Segundo nota do MS, que não traz maiores detalhes sobre as mudanças em discussão, planeja-se um “aperfeiçoamento” da interligação entre o Mais Médicos e o Médicos pelo Brasil. Além disso, haverá uma ampliação no limite da distribuição de vagas.

Ministros da Saúde das Américas se reúnem nesta semana

A partir de hoje (30), os ministros da saúde dos países das Américas estarão reunidos no 61º Conselho Diretor da Organização Pan-americana da Saúde, a Opas. Apesar de ser um evento anual, a reunião de 2024 promete não ser meramente protocolar, já que pretende tratar de alguns temas sanitários urgentes para as populações do continente. As autoridades se preparam para discutir o controle do tabaco nas Américas, o impulsionamento da inteligência epidêmica frente às atuais ameaças de doenças infecciosas e a elaboração do Plano Estratégico da OPAS 2026-2031, que deverá ser aprovado no ano que vem. Além disso, o brasileiro Jarbas Barbosa, diretor-geral da Opas, também apresentará o relatório anual das atividades do organismo.

Saúde assina acordo com a Opas para impulsionar política de transplantes

A partir de hoje (30), os ministros da saúde dos países das Américas estarão reunidos no 61º Conselho Diretor da Organização Pan-americana da Saúde, a Opas. Apesar de ser um evento anual, a reunião de 2024 promete não ser meramente protocolar, já que pretende tratar de alguns temas sanitários urgentes para as populações do continente. As autoridades se preparam para discutir o controle do tabaco nas Américas, o impulsionamento da inteligência epidêmica frente às atuais ameaças de doenças infecciosas e a elaboração do Plano Estratégico da OPAS 2026-2031, que deverá ser aprovado no ano que vem. Além disso, o brasileiro Jarbas Barbosa, diretor-geral da Opas, também apresentará o relatório anual das atividades do organismo.

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