Nova lei pode diminuir desigualdades em ciência e inovação?
• Ampliação do FNDCT para ciência e inovação • O que é a crise do plástico? • E MAIS: estabelecimentos fora do Farmácia Popular; caos em Cuiabá; malária assintomática; deterioração de árvores da Amazônia •
Publicado 06/08/2025 às 18:23
O presidente Lula sancionou, nesta segunda-feira (4), o PL nº 847/2025, que aprimora a destinação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A nova lei permite o uso do superávit financeiro do Fundo para a concessão de empréstimos. Com a mudança, será possível a liberação de cerca de R$ 22 bilhões do FNDCT, que viabilizará o fortalecimento da inovação nas seis missões da Nova Indústria Brasil e nas ICTs.
Focando especiamente na integração regional e na interiorização da ciência e da inovação, a destinação de recursos passa a significar mais infraestrutura, redes de pesquisa e oportunidades para todos os territórios do país, podendo mitigar desigualdades históricas que assolam o Brasil. Não à toa a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, afirmou que a Lei trata da “consolidação de uma das maiores conquistas recentes para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”.
“Está clara uma crise do plástico”
A afirmação que abre esta nota é da Lancet Plastics Countdown, uma pesquisa da revista Lancet que tenta contabilizar os efeitos totais da dispensação de plástico pelo mundo, em especial mares. O estudo, apresentado nesta segunda (4) a diplomatas de vários países reunidos em Genebra, apresenta dados impressionantes.
Apenas três tipos de plásticos causam danos econômicos de 1,5 trilhão de dólares anuais em poluição atmosférica e contaminações diversas, em áreas que atravessam 38 países e um terço da população global. São centenas de milhares de adoecimentos anuais e os efeitos gerais desta forma de produção decorrente da indústria dos combustíveis fósseis são virtualmente incalculáveis.
Além disso, a indústria utiliza milhares de substâncias químicas agressivas ao nosso organismo. Em resumo, o estudo apela para uma busca de novos padrões produtivos e tenta pautar um novo Tratado dos Plásticos das Nações Unidas.
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Governo descredencia 9 mil do Farmácia Popular
O Ministério da Saúde anunciou que 9.180 estabelecimentos conveniados no programa Farmácia Popular não tiveram seu vínculo renovado. Os motivos variam entre opção própria ou descumprimento de exigências. O programa atendeu 22 milhões de brasileiros em 2024 e a expectativa é que alcance 26 milhões em 2025. O que isso significa?
Prefeito de Cuiabá acusado de “caos na saúde”
Após expulsar a professora e sanitarista Maria Inês da Silva Barbosa, por usar linguagem neutra em conferência do SUS, Abílio Brunini, bolsonarista prefeito de Cuiabá, é novamente associado a fatos negativos no setor. Leia carta publicada pela auditora Elda Mariza Valim Fim na qual lhe atribui prejudicar o SUS por meio de seus acordos políticos.
Forma silenciosa de malária
Uma pesquisa fez testes de malária em centenas de moradores de duas cidades do Acre, onde a doença é endêmica, e constatou que a quantidade de pessoas infectadas assintomáticas é muito maior do que os diagnósticos oficiais. Confira o estudo.
Árvores amazônicas já sofrem efeitos do caos climático
Uma rede de pesquisadores de diversos países publicou análise sobre cerca de 150 espécies de árvores da região amazônica, a fim de observar os efeitos do aumento das temperaturas médias. Segundo o estudo, as árvores já desenvolvem diâmetro menor e morrem mais cedo. Veja os resultados.
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