Israel continua a trucidar o sistema de saúde em Gaza

• Gaza sem médicos e sem diálise • ANS cria novas regras para cancelamento de planos • E MAIS: infecções respiratórias; contraceptivo no SUS; taxação de ultraprocessados; vapes e jovens •

.

O médico Marwan al-Sultan, renomado cardiologista e diretor do hospital indonésio da Faixa de Gaza, foi assassinado em mais um dos ataques aéreos israelenses. Junto dele, número expressivo de seus familiares também foram mortos. De acordo com a organização médica palestina Health Workers Watch, Marwan foi o 70º profissional de saúde assassinado por Israel nos últimos 50 dias.

Segundo Muath Alser, diretor do hospital, a morte de al-Sultan e sua família “faz parte de uma perseguição sistemática e muito mais longa contra profissionais de saúde, que tem saído impune. Trata-se de uma perda trágica de vidas, mas também da destruição de décadas de experiência e cuidados médicos que salvaram vidas, em um momento em que a situação dos civis palestinos é incompreensivelmente catastrófica”, acrescentou Alser.

A ofensiva israelense contra a saúde palestina tem se dado de diversas formas. Além de bombardeios, a falta de suprimentos de todo tipo tem afetado os equipamentos de saúde. O maior complexo médico de Gaza anunciou a suspensão das sessões de diálise devido à escassez de combustível, deixando ao menos 350 pacientes com insuficiência renal entregues à própria sorte, com risco iminente de morrerem

Em julho de 2024, a Cidade de Gaza já havia perdido quase toda a sua capacidade de produção de água, com aproximadamente 88% de seus poços e 100% de suas usinas de dessalinização danificados ou destruídos por Israel. Essa destruição da infraestrutura hídrica deixou a equipe médica com dificuldades para garantir a água limpa necessária para operar as máquinas de diálise.

Novas obrigações para operadoras de plano de saúde

Começaram a valer, nesta terça-feira (1), as novas regras para relacionamento entre as operadoras e beneficiários de seguros de saúde no Brasil, estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As normas buscam garantir respostas mais rápidas, atendimento digital 24 horas por dia e mais transparência em casos de negativas de cobertura. 

A nova resolução estabelece que as operadoras deverão: esclarecer as razões de negativas de cobertura, mesmo sem o beneficiário pedir; tratar outras solicitações que não somente cobertura de procedimentos;  fornecer respostas claras e dentro de prazos estabelecido pela ANS; permitir que os beneficiários acompanhem remotamente o andamento de suas solicitações; e divulgar, de forma clara, seus canais de atendimento. De acordo com Carla Soares, diretora-presidente da ANS, “as novas regras fortalecem os direitos dos consumidores e trazem maior transparência e previsibilidade às interações com as operadoras”.

* * *

Seis estados em alerta de infecções respiratórias

Segundo o Boletim Infogripe da Fiocruz, o Brasil tem 119 mil casos graves de síndromes respiratórias – quase metade do vírus sincicial, que acomete crianças – e seis estados da federação em situação de alerta ou alto risco. Já nas demais faixas etárias, a influenza A é a infecção mais frequente. Acesse os números.

Implanon será universalizado no SUS

Considerando um contraceptivo de alta eficiência, o Implanon foi aprovado pelo Conitec para ser disponibilizado no SUS a toda mulher em idade férfil. Trata-se de um pequeno bastonete inserido sob a pele, com eficácia superior a 99%. Hoje, dada a limitação de implantes, o método é destinado a grupos considerados mais vulneráveis. Entenda.

OMS pede tributação maior produtos nocivos

A Organização Mundial da Saúde divulgou comunicado no qual pressiona por uma taxação mais rigorosa ao cigarro, bebidas, refrigerantes e comida ultraprocessada – com um aumento de 50% nos preços. Segundo a entidade, 50 milhões de mortes podem ser evitadas em 50 anos, fora os custos de adoecimentos e tratamentos. Veja os cálculos.

Novos estudos sobre cigarros eletrônicos e jovens

A revista Nicotine and Tobacco Research publicou artigo no qual se analisa tendências de uso de vapes entre crianças e adolescentes. A pesquisa observa variados fatores de influência, tanto para maior como menor consumo, como o momento da pandemia, desaprovação de mais velhos ou influência de amigos. Leia alguns dos dados.

Outras Palavras é feito por muitas mãos. Se você valoriza nossa produção, seja nosso apoiador e fortaleça o jornalismo crítico: apoia.se/outraspalavras

Leia Também: