Influenza atinge duramente São Paulo
• Gripe mata mais em São Paulo • Nível do mar pode subir mais • Sofrimento infantil e redes sociais • E MAIS: EUA tem conselho antivacina; perigo da semaglutida; cinturão verde; polinizadores e clima •
Publicado 13/06/2025 às 15:51 - Atualizado 13/06/2025 às 15:52
Dados divulgados em matéria da Agência Brasil escancaram a explosão das mortes por Influenza em São Paulo em 2025. Neste ano, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) já confirmou 175 óbitos associados à doença na capital paulista – 127% a mais do que no ano passado. Durante o mesmo período em 2024, foram registradas pelas autoridades sanitárias da cidade 77 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causadas pela Influenza.
A matéria alerta que, apesar do cenário crítico, a vacinação segue em níveis muito baixos no municípios mais populoso do país. A meta de cobertura entre os grupos prioritários (gestantes, crianças de até 6 anos, idosos) é de apenas 40%, enquanto a meta é de 90%. Nessas condições, a vacina produzida pelo Instituto Butantan passou a também ser aplicada em pontos de vacinação montados nos terminais de ônibus e estações de trem e metrô da cidade.
Projeções sobre o aumento do nível do mar tornam-se mais pessimistas
Um estudo conduzido por universidades de Singapura e da Holanda sugere que o aumento do nível do mar pode ser maior que o esperado para este século. Anteriormente, projeções das Nações Unidas indicavam que esse aumento poderia ser de 0,6 a 1,0 metro até 2100. Utilizando uma nova metodologia, a pesquisa mais recente ampliou a estimativa máxima para até 1,9 metro. Um artigo do EcoDebate alerta que o Brasil pode ser duramente afetado caso essas projeções se confirmem.
“Cidades como Rio de Janeiro, Santos, Recife e Fortaleza possuem vastas áreas costeiras e de baixa altitude que seriam diretamente afetadas por inundações mais frequentes e severas”, frisa o escrito. A ameaça a ecossistemas como manguezais e restingas, além da erosão de praias e falésias, são alguns dos riscos de caráter ambiental. No âmbito social, o cenário revela a importância da adaptação da infraestrutura das cidades.
A relação entre o uso das redes sociais e a saúde mental infantil
Segundo um relatório do grupo de defesa dos direitos da criança, KidsRight, divulgado nesta quarta-feira (11), a crise de saúde mental entre crianças e adolescentes atingiu um ponto crítico mundo afora, e a expansão desenfreada das redes sociais é diretamente responsável. As pesquisas mostram que uma em cada sete crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos sofre de algum tipo de problema de saúde mental.
O estudo também observou uma correlação entre o consumo excessivo de conteúdo na internet e tentativas de suicídio, cuja taxa global é de 6 por 100 mil entre adolescentes de 15 a 19 anos, segundo dados da OMS. Por outro lado, também foi observado que restrições rígidas – como a decisão da Austrália de proibir o acesso de menores de 16 anos – não são a melhor solução, podendo infringir os direitos civis e políticos das crianças. Neste sentido, o KidsRight recomenda uma abordagem global e mais sutil, que considere o acesso das crianças a conteúdos educativos e evite também seu isolamento.
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