Idosos: mais remédios, mais quedas fatais
• Quedas de idosos relacionada a alguns remédios • Epilepsia em populações vulneráveis • Desmatamento no Quênia • E MAIS: gripe aviária; HIV; Amazônia; Saúde Coletiva •
Publicado 10/09/2025 às 14:27
Thomas Farley, epidemiologista norte-americano, publicou artigo no qual estabelece uma correlação estatística entre aumento de consumo de certos medicamentos com o número de óbitos após quedas da população idosa no país. Seu estudo mostra que os índices triplicaram em 30 anos, chegando a 339 por 100 mil habitantes, o que não encontra paralelo em países europeus ou no Japão, cujos indicadores sociais e expectativa de vida são similares.
Em seu artigo, Farley defende que tal fenômeno se deve ao perfil de remédios excessivamente ministrados aos idosos dos EUA, em especial benzodiazepínicos, opioides e antidepressivos. Tais terapias causam efeitos mais fortes no corpo e no sistema nervoso, o que explica o aumento dos acidentes. O público mais afetado é o de idosos acima de 85 anos, cujos índices dispararam, enquanto seu crescimento foi mais sutil em outros grupos etários.
Larva é a principal causa de epilepsia em áreas endêmicas
Dois pesquisadores da USP publicaram artigo no qual afirmam que de 70% a 90% dos casos de epilepsia adquirida são causadas pela larva Taenia solium, nas áreas onde o parasita é endêmico. O trabalho de Tissiana Hess e Tahles Pardini ganha importância pois a larva que causa a cisticercose, nome científico da doença neurológica, tem grande incidência em áreas onde o saneamento é precário.
Mais que isso, a epilepsia não tem um tratamento que garanta a cura total e os pacientes recebem cuidados de variadas formas, de acordo com o perfil de sua manifestação e observação de exames de imagens em áreas do cérebro onde se instala. Outro fator que limita o desenvolvimento de terapias é a falta de interesse comercial, dada pelo perfil de baixo nível socioeconômico de seus portadores.
Desmatamento e poluição preocupam no Quênia
Uma das capitais mais prósperas do continente africano, Nairóbi lida com dados preocupantes de perda de cobertura vegetal. O crescimento econômico e urbano trouxe no pacote diversas atividades poluentes, que não contaram com o devido acompanhamento de gestão ambiental.
Dessa forma, crescem os adoecimentos por causas respiratórias, o que gera maiores gastos em cuidados de saúde. Atividades ilegais ou informais associadas a este processo de desenvolvimento também contribuem para a poluição. Reportagem do Observatório de Políticas de Saúde conclui pela defesa da adoção de metas mais rigorosas de sustentabilidade e preservação ambiental.
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Combate à gripe aviária
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Eliminação vertical do HIV no Brasil
A equipe regional de validação da Opas esteve no país entre 18 e 22 de agosto para checar, em campo, as ações do SUS que sustentam o pedido brasileiro pela certificação de eliminação vertical do vírus. Veja os resultados até agora.
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Nos últimos 6.500 anos, a Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (Amoc, na sigla em inglês) – um dos principais “motores” do clima terrestre – se manteve estável. Agora, novo estudo mostra que ela está ameaçada, podendo afetar justamente a parte mais preservada da floresta amazônica com uma drástica redução do regime de chuvas. Como?
Fórum Baiano em Saúde Coletiva
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