Fiocruz absorve fábrica de fármacos em Jacarepaguá
Bio-Manguinhos abrigará nova planta industrial e reforça seu momento de expansão produtiva.
Publicado 11/11/2025 às 16:16
A Fiocruz dá mais um passo significativo para fortalecer a produção pública nacional de insumos estratégicos para a saúde. A instituição terá à sua disposição, por um período inicial de dez anos, uma planta industrial de 40 mil m² em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, cedida pela empresa francesa bioMérieux. O espaço, que deixará de ser operado pela multinacional após uma reestruturação, será transformado em um novo Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Diagnósticos.
A operação no local, vinculada ao Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz, está programada para iniciar em março de 2026. A unidade abrigará a produção da linha de testes rápidos, realizando etapas que vão desde o corte de materiais até o processamento final, montagem e controle de qualidade. A parceria com a bioMérieux, que é fornecedora do sistema público desde a década de 1970, vai além da cessão do espaço, incluindo cooperação em pesquisa e inovação.
A iniciativa é estratégica para reduzir a dependência externa e consolidar a autonomia nacional na área de diagnósticos. De acordo com o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a medida amplia a capacidade de resposta do Brasil frente a emergências sanitárias, garantindo ferramentas diagnósticas precisas e sustentáveis para o SUS. A diretora de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, reforça que a expansão é crucial para modernizar processos e acelerar o desenvolvimento de novos produtos.
Em entrevista ao Outra Saúde durante o Seminário SUS 35 anos, em setembro, Rosane já afirmava: “queremos consolidar a produção nacional, tornar Bio-Manguinhos um player não só nacional, mas regional”.
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