Epidemia de zika completa dez anos no Brasil

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No dia 11 de novembro de 2015, devido a um aumento significativo nos casos de microcefalia, o Governo Federal declarava uma emergência em saúde pública de importância nacional. Em pouco tempo, seria descoberta a ligação dos casos com o vírus da zika. Hoje, dez anos após o início da epidemia, a sociedade brasileira se depara com os desdobramentos desse processo – que atingiu, em especial, milhares de crianças que desenvolveram Síndrome Congênita da Zika (SCZ). No início deste ano, o Governo navegou com dificuldade o embate em torno da indenização concedida às famílias dessas pessoas.

Artigo no The Conversation destaca os desafios para a educação das crianças com zika, tendo em vista que parte delas possui “graves deficiências físicas, sensoriais e cognitivas”, sendo que uma parcela “apresenta deficiência múltipla e necessidades complexas de comunicação”. A autora destaca a importância da “elaboração de programas e políticas intersetoriais que envolvam educação, saúde e assistência social, a fim de contribuir para o desenvolvimento integral dessas crianças”.

CGU analisa perdas ligada ao vencimento de insumos do SUS

Promovida pela Controladoria-Geral da União (CGU), uma auditoria teria identificado perdas bilionárias para o Sistema Único de Saúde ligadas ao descarte de vacinas, medicamentos e outros insumos vencidos de 2021 a 2023. Em sua maioria, seriam produtos ligados ao combate à covid-19. Tendo em vista o cenário inédito da emergência sanitária do coronavírus, a análise do órgão pondera que “é fundamental reconhecer que o contexto de imprevisibilidade, alta incerteza e a rápida evolução da situação pandêmica gerou perdas de insumos que escaparam a um planejamento prévio”.

Ao noticiar a auditoria da CGU, a Folha destacou em sua manchete o valor de R$ 7,3 bilhões em possíveis perdas para o SUS. Por sua vez, O Globo destaca o número de R$ 2 bilhões em perdas efetivas (isto é, insumos que passaram da validade enquanto ainda estavam no estoque do Ministério da Saúde), sublinhando que a cifra mais alta também leva em conta “perdas em potencial”, que não necessariamente ocorreram. Elas estariam ligadas a produtos entregues aos estados e municípios em datas próximas a seu vencimento, mas não vencidos.

Revista Radis destaca Seminário SUS 35 Anos

Em matéria publicada no seu site, a Revista Radis põe em foco os debates do Seminário SUS 35 Anos, promovido por Outra Saúde e entidades parceiras no último mês de setembro. Como lembra o veículo ligado à Fiocruz, o evento ocorrido em São Paulo “reuniu vozes da saúde coletiva para refletir sobre dilemas e transformações do Sistema Único de Saúde”.

A transformação digital da saúde e os esforços para construir um SUS que atenda a todos, inclusive as comunidades tradicionais, foram algumas das discussões levantadas pelo Seminário e noticiadas pela Revista Radis. Sintetizando o caminho para avançar, na conferência final do evento, o professor da UFBA Jairnilson Paim afirmou: “O maior desafio do SUS é político. É poder enfrentar as desigualdades. É poder enfrentar a relação público-privada. É preciso ter ampliação de suas bases sociais e políticas”. Na notícia, o periódico reforça que a íntegra dos debates pode ser conferida no canal de Outras Palavras.

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Monitoramento epidemiológico na Amazônia

Reunidos na Rede Amazônica-Darién para Zoonoses Emergentes com Potencial Epidêmico (RADE), os 9 países que dividem o bioma amazônico firmaram compromisso de avançar no controle de zoonoses que possam aparecer na região. Investimentos em inteligência, vigilância sanitária e modelagem são os alvos da iniciativa. Entenda.

Acordo para redução de mercúrio

Em Genebra, o Ministério da Saúde se comprometeu a avançar rumo à eliminação de mercúrio em procedimentos dentários em que o metal é usado. O país já reduziu de 5% para 2% o material em práticas de restauração odontológica, mas destaca que o processo não pode prejudicar o acesso a procedimentos no SUS. Leia as declarações.

Atlas da Saúde Mental

Um em cada sete jovens possui algum distúrbio não reconhecido em relação à saúde mental e apenas 56 países têm políticas públicas direcionadas. Esses são alguns dos achados do Atlas da Saúde Mental, lançado em setembro pela OMS com informações colhidas até 2024. Acesse o documento.

Força Nacional do SUS no Paraná 

Devastada pelo temporal causado por um ciclone, que deixou 5 mortos e 77% da população desalojada, a cidade de Rio Bonito do Iguaçu recebe profissionais da Força Nacional do SUS para auxiliar no atendimento médico de seus moradores. Outros 55 cidades e 31 mil pessoas foram diretamente afetadas. Veja mais.